Foto: Divulgação CBF

Apesar de a CBF ter a intenção de fazer o uso do árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro deste ano, ainda não existe um prazo para começar os testes em gramados do país. Presidente da Escola Nacional de Árbitros, Manoel Serapião Filho vê questões ainda a serem resolvidas antes decidir pelo uso da tecnologia. De acordo com Serapião, é preciso aprimorar a novidade, já que o objetivo é fazer com que o jogo não perca a sua dinâmica.

– O árbitro de vídeo, no momento, no Brasil, ainda não temos previsão de iniciar. Primeiramente encaminhamos o projeto, que foi amplamente recepcionado, e o nosso projeto tem uma filosofia de não parar o jogo, impedir que o jogo perca sua dinâmica. Por isso, nós elaboramos um projeto limitado a quatro tipos de lances importantes que podem interferir num resultado da partida. Ou seja: gols ou não gols marcados, ou marcados irregularmente, pênaltis marcados ou não marcados, expulsões claras adotadas ou o contrário, injustamente adotadas, e a identificação equivocada de um jogador, que aí vai até pro cartão amarelo. O árbitro dá cartão amarelo para o número 6, e quando foi o número 5, o árbitro de vídeo, tendo a certeza, pode corrigir isso. O nosso projeto se baseia nesse conceito a que já me referi, de não paralisação. Ou seja: o árbitro de vídeo, tendo a imagem clara, e sendo um lance claro e indiscutível, e não de interpretação, comunica ao árbitro e o árbitro corrige o equívoco – disse, na tarde desta quarta, no “Seleção SporTV”.

 
 
 

O árbitro de vídeo – experiência que a Fifa inaugurou no Mundial de Clubes do Japão, em dezembro – voltou a ser usado em partida na Holanda no início deste ano. Lukas Brud, secretário da International Board (Ifab), órgão que cuida das regras do futebol, disse ao GloboEsporte.com, que o Brasil estaria entre as várias ligas do mundo com potencial para testar a novidade a partir do segundo semestre.