O Botafogo enfrentou o Fluminense com reservas e mais dois reforços de peso nas semifinais da Taça Rio, neste domingo, no Engenhão. Com auxílio do árbitro e do bandeira, o time preto e branco eliminou o Fluminense com a vitória por 3 a 1, gols de Igor Rabelo, Dudu Cearense e Sassá. Richarlison descontou. O juiz ignorou pênalti claro em Marcos Júnior, o assistente validou o segundo gol do Alvinegro, em lance que cinco jogadores estavam impedidos e, no fim, Reginaldo reclamou de uma marcação errada da arbitragem e foi, injustamente, expulso.
O Tricolor deixa de faturar R$ 850 mil, mas se livra da Taça Rio, que esportivamente neste ano, não serve para absolutamente nada. Agora, foco total na Copa do Brasil e, em seguida, semifinais do Estadual.
Um minuto e vinte segundos. Esse foi o tempo que demorou para sair gol no Clássico Vovô. Em jogada aérea, Frazan, estreando na temporada, só olhou e o zagueiro Igor Rabelo abriu o placar para o Botafogo.
O jogo seguiu como se nada tivesse acontecido e o Fluminense, com maturidade, passou a dominar o rival. Lucas Fernandes dava trabalho pelos lados, os laterais, improvisados, também apoiavam, Orejuela e Douglas chegavam bem a frente, mas faltava o apoio de Marcos Júnior, mal na partida, e Marquinho, que não teve uma boa atuação sequer com a camisa tricolor desde seu retorno no ano passado.
Quando o empate parecia próximo, a arbitragem entrou em ação. Marcos Júnior foi derrubado claramente dentro da área e o juizão ignorou. Minutos depois, um balde de água fria.
Em nova jogada aérea, cinco atletas do Botafogo estavam em posição de impedimento. Um deles, Dudu Cearense, cabeceou para a rede. O bandeira, provavelmente tirando um cochilo ou, simplesmente, mal intencionado, correu para o meio-campo e validou o gol. Uma vergonha!
O segundo tento botafoguense desanimou um pouco Flu. Calazans e Lucas Fernandes continuavam tentando, Pedro brigava entre os zagueiros, mas faltava aquele capricho no último passe. O Alvinegro buscava o contra-ataque, mas, sem tanta qualidade, errava.
No segundo tempo, o Botafogo ampliou logo aos dois minutos, em outro vacilo do zagueiro Frazan. O jovem defensor deixou Sassá girar o corpo e ficar na frente de Júlio César. O atacante alvinegro chutou forte e anotou o terceiro gol.
O clássico, então, ficou morno. O Flu, àquela altura, só se classificaria se marcasse quatro gols, ainda buscava diminuir o marcador, mas sem tanto ímpeto. Pecava sempre nos cruzamentos e na última bola. O Botafogo cozinhou o jogo até o fim.
Mas ainda teve tempo para o juizão aparecer novamente. Reginaldo reclamou da arbitragem, pois em lance que quase saiu o quarto gol do Botafogo, o lateral Fernandes estava impedido. O defensor já tinha cartão amarelo, e o árbitro, para fechar sua “belíssima” atuação, expulsou o zagueiro tricolor.
No único acerto do homem de preto, pênalti em cima de Richarlison. O próprio cobrou e diminuiu.
O Fluminense “escapa” da final de um turno que nada vale e se concentra na Copa do Brasil. Quinta-feira volta a campo, contra o Goiás, no Serra Dourada, pela quarta fase do torneio nacional.
Escalação do Flu: Júlio César; Luiz Fernando, Frazan, Reginaldo e Marquinhos Calazans; Orejuela, Douglas (Sornoza) e Marquinho; Marcos Júnior (Osvaldo), Lucas Fernandes (Richarlison) e Pedro.