Falta pouco para a estreia do Fluminense na Copa Sul-Americana. Nesta quarta, o Tricolor encara o Liverpool-URU, às 21h45, no Maracanã e Abel Braga já sabe bem o que esperar do duelo. O treinador considera seu time superior tecnicamente ao adversário, mas não espera que seja uma partida fácil por causa disso. O comandante quer ver a equipe organizada para evitar sustos.
– Vou jogar contra uma equipe que não tem a qualidade da minha, mas não significa que vou ganhar, cara. Sabemos que o Maracanã estará cheio, a torcida vai apoiar. Mas os caras chegaram ontem (segunda-feira), estão treinando, vão marcar pra caramba, vão dar porrada, o juiz não marca qualquer faltinha… Vamos procurar estar seguros, bem organizados, como foi contra o Flamengo, pois dificultamos muito a vida deles, com a troca de passes. Aqui não tem soberba. A gente não se acha nada – afirmou.
O Abelão já analisou com muita calma o Liverpool. Logo, sabe também qual o principal perigo que eles oferecem, pois gostam de atuar na base da ligação direta.
– Eu te falo com sinceridade que o time do Liverpool não é melhor do que o Fluminense. Não vou ficar jogando abobrinha para o torcedor. Mas se torna um jogo complicado. Vi o vídeo novamente, pelo terceiro dia. É aquele time uruguaio aguerrido. O que pode acontecer de pior para nós é que, como vamos marcar alto, eles têm a característica de só sair com a bola longa e vão disputar a segunda bola. Isso quebra o jogo do meu time. A primeira bola vem alta e você tem de disputar a segunda. Então não consegue normalmente ter a bola no chão, com movimentação, que é o nosso forte. Por isso é um jogo diferente, complicado. Vão marcar muito, tentar a jogada longa e diagonal no centroavante, o número 9. Mas não é um time de outro mundo. Só que é um jogo que pode complicar. Temos de tentar buscar uma vantagem. Não vamos abdicar da forma de jogar, com três atacantes, marcando alto e bloquear da melhor maneira possível essa segunda bola. O jogo vai ficar quebrado, passa pouco nos atletas de meio-campo deles. Vai passar pro cima. Aí vai ser aquela luta de conscientizar o cara do bom posicionamento na segunda bola, que é mais importante do que marcar o adversário. É um tipo de jogo chato. Se a gente não ficar ansioso de querer resolver logo, a coisa pode correr bem. Não tem como querer comparar qualidade de uma equipe com a outra. Mas marcar é muito mais fácil do que jogar – disse.