Dois gols contra os rebaixados Santa Cruz e América-MG e a desconfiança da torcida com Henrique Dourado só aumentava a cada jogo sem marcar em 2016. Nesta temporada, já são seis gols e algumas boas atuações. O vice-presidente de futebol do Fluminense, Fernando Veiga, acredita que o fato de não ter tido um descanso no ano passado, chegado no meio do ano e a missão de substituir Fred impediram o desenvolvimento do futebol do Ceifador.
– Henrique Dourado, ano passado, chegou num momento complicado. Tinha toda a questão do Fred. Não é fácil para nenhum centroavante substituir um jogador como ele, de seleção brasileira, líder do elenco, com identidade grande com o clube e parte da torcida. Isso tudo pesa muito para quem vai entrar no lugar dele, independentemente de o jogador ser experiente ou não. Ele não tinha conseguido desenvolver a parte toda de treinamento, não teve tempo para descanso, emendou uma temporada na outra, fora a questão de adaptação ao futebol brasileiro. Quando o Abel chegou, sabia da dificuldade que tínhamos com relação a centroavante. Conhecia o Dourado, não muito a fundo, mas gosta muito de trabalhar com um centroavante de área, um camisa 9. Ele pediu a contratação de um centroavante. Ficamos muito perto de contratar o Barcos, mas tivemos o vazamento e o preço acabou subindo. Ao mesmo tempo, o Abel começou a conhecer o elenco e o Dourado fez uma pré-temporada muito boa – destacou Veiga.