Arenas da Copa perdem fonte de receita com proibição (Montagem: Globoesporte.com)

Em concordância com a maioria dos clubes da Série A (14), a CBF decidiu proibir a venda de mandos de campo em partidas da Primeira e Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Porém, isso trará prejuízo às arenas reformadas para a Copa do Mundo de 2014. Com isso, gestores dos agora “elefantes brancos” pedem para a entidade rever a medida.

Quatro estádios ficarão com a pior situação no caso da manutenção desta determinação da CBF: Arena da Amazônia, em Manaus; Arena das Dunas, em Natal; Arena Pantanal, em Cuiabá; e Mané Garrincha, em Brasília. Já há até um movimento em redes sociais pedindo a volta da concessão do uso destes palcos: o #LiberaCBF.

 
 
 

Fabrício Lima, titular da Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer do Amazonas (Sejel) e responsável pela manutenção da Arena da Amazônia, promete unir o grupo e tentar uma ação junto à CBF no sentido de mudar a proibição.

– Nós (gestores dos estádios) estamos montando um ofício para apresentar o documento na CBF em conjunto. Não fiz contato pessoal com os representantes (das arenas) ainda, mas queremos ir depois do carnaval. A CBF precisa entender que essa receita (obtida com venda de mando) reflete diretamente no nosso futebol local, pois é com esse dinheiro que facilitamos os jogos entre times amazonenses no local, por exemplo – disse.

Secretário estadual de Esportes do Mato Grosso, Leonardo Oliveira mostra a mesma preocupação.

– Concordo também com o protesto. Acho que a CBF não estaria contribuindo para que pudesse crescer o esporte daqui (Cuiabá). Temos um patrimônio muito grande e a maneira que encontramos para mantê-lo é com a CBF nos ajudando. A vinda de futebol de fora ajuda o nosso futebol local e o futebol brasileiro também. É bom para todo mundo. Para mim, a CBF precisa e vai repensar essa decisão – apela

Em Brasília, o prejuízo é dos maiores. Desde a inauguração do Mané Garrincha para receber a Copa, foram realizados por lá 31 jogos e a renda, apenas com aluguel de campo e desconsiderando a taxa da federação local, é de cerca de R$ 4,5 milhões. Por isso, o secretário de Esporte, Turismo e Lazer, Jaime Recena, engrossa o coro por uma revisão da CBF e revela que já havia até fechado alguns jogos com o Flamengo.

– É uma decisão muito ruim. E, na minha opinião, equivocada. Fere principalmente o torcedor. Não prejudica somente os estados que não vão mais poder receber jogos. Mas prejudica o torcedor daquele estado, que vão ter cerceado o direito de ver seu clube na sua casa… O Flamengo estava encaminhado para alguns jogos do Campeonato Brasileiro em Brasília, já tínhamos até fechado esse compromisso. Com essa decisão, vamos renegociar tudo – explicou..