Os quatro grandes clubes do Rio de Janeiro lançaram comunicados sobre o pedido do Ministério Público para que os clássicos na cidade sejam disputados em torcida única. Na ação, feita junto ao Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, há também o pedido de proibição de distribuição de ingressos para torcidas organizadas por parte de clubes, CBF e pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro. A exigência é que os bilhetes sejam vendidos apenas pelo preço de face.Veja abaixo o que pensam Fluminense, Botafogo, Flamengo e Vasco:
FLUMINENSE
“O Fluminense lamenta que devido a tantos episódios de violência tenha se chegado ao ponto de uma determinação de torcida única nos clássicos. O clube repudia qualquer tipo de violência e espera que essa medida não seja definitiva para que em breve possamos ter de volta a confraternização entre todas as torcidas nos estádios do Rio de Janeiro.”
BOTAFOGO
“Apesar de considerar que no último domingo houve um ponto fora da curva, pois o Gepe sabe fazer escolta, chegada e saída de organizadas, o Botafogo é favorável a experiências no sentido de melhorar as condições de segurança do futebol. Esse tipo de experiência, de torcida única, já deu certo em outros estados.
O que o Botafogo não considera simples é ter a responsabilidade de cadastramento de membros de organizadas. É uma premissa quase impossível, porque os clubes não têm poder de fichar torcedores nem tem como controlar acesso a um local. Para o poder público, pode ser mais viável.
Se for a decisão dos órgãos competentes, o Botafogo estará pronto para colaborar.”
FLAMENGO
“Sou totalmente contra. Acho que isso seria uma pá de cal no futebol carioca e que não resolve o problema. As mortes vão continuar longe do estádio como quase sempre acontecem. Além disso, às vezes, acontecem conflitos entre torcidas do mesmo clube. A única solução é a punição rigorosa das pessoas físicas”, disse o presidente Eduardo Bandeira de Mello ao SporTV.
VASCO
“O pedido para que os clássicos cariocas tenham torcida única é absolutamente inaceitável. Esta é uma posição que contraria mais de cem anos de história e representaria a falência do futebol carioca. Os atritos que ocorrem em diferentes regiões da cidade não se resolveriam com a entrada de apenas uma torcida no estádio. Os clássicos do Rio não têm mando de campo. E como seria uma semifinal ou final em jogo único? Haveria sorteio para saber qual torcida iria?”