Das arquibancadas para a sala da presidência, após um “estágio” no Conselho Fiscal. Novo mandatário do Fluminense, Pedro Abad, em entrevista ao programa “Camarote”, dos canais Premiere FC, comentou as diferenças entre ser torcedor e ser dirigente.

– Dormir direito é difícil porque temos desafios, realmente, grandes, como a maioria dos clubes brasileiros, que é resolver suas finanças. Esse processo de mudança de torcedor para presidente já leva seis anos. Na verdade, até mais, oito, quando nem sócio do clube era. Aos poucos você vai se inteirando dos assuntos fora das quatro linhas. Em determinado momento você se interessa em ser sócio do clube, quer ser conselheiro, participar mais, até chegar num momento que assume um cargo, uma função importante, Ninguém cai de paraquedas numa posição como essa. É um processo longo, é preciso ganhar vivência no clube antes de assumir. Mas é muita coisa dentro da cabeça. Você está acostumado a ver TV, programa esportivo, ler o jornal, o site de preferência por alguns minutos do dia, vai ao jogo, grita, xinga, comemora, volta para casa e a vida continua. Depois se entra nesse meio é difícil desligar e pensar em tudo aquilo que foge às quatro linhas, administração, finanças, marketing… É um turbilhão. Muita coisa para pensar, uma necessidade grande de organizar ideias e dar conta de tudo e montar um corpo de profissionais para delegar com segurança para cobrar lá na frente o resultado – explicou.