Pedro Abad assumiu o Fluminense e, recentemente, já havia sido bem realista ao falar sobre a realidade do clube. Não há dinheiro para investimento no futebol. O presidente, em entrevista ao canal Premiere FC, ratificou que a situação é delicada. A chegada de reforços para a equipe profissional é para lá de difícil.
– Sem dúvida que é uma situação financeira bastante delicada. Eu diria que é bem complexa. Mas a gente vem trabalhando, buscando instrumentos financeiros, formas de alongar fluxo de caixa. Esse ano será muito pesado, muito difícil. Isso se refletiu na forma de readequar nossa matriz de custo. Fizemos uma readequação no elenco que fez a saída de 32 jogadores. Chegou apenas um, para uma posição que tínhamos uma carência bastante clara. Isso não quer dizer que numa oportunidade muito clara não possamos trazer um novo jogador. Mas a nossa ideia é analisar o comportamento desse elenco novo que a gente montou, significantemente diferente do time do ano passado. Com um técnico novo, que, na minha opinião, também um reforço. Junto a isso, faremos um teste muito concreto da estratégia de futebol que foi adotada, pensada, no que toca a base e Flu Europa. Temos muitos jogadores que passaram pelo ciclo de maturação. Sai de Xerém e vai para o Flu-Samorin ou outro time de Série B ou C e depois volta ao Fluminense com capacidade para pegar a camisa e jogar. Casos do Reginaldo, Luiz Fernando e Léo. Isso mostra que nosso modelo está indo bem. A situação financeira do Fluminense impacta, realmente, em não vir novos jogadores. Ao mesmo tempo, nos permitirá analisar se a nossa estratégia de clube, principalmente formador, dará certo. Para o Brasileiro teremos o resultado dessa estratégia. Se funcionar, daremos prosseguimento a esse elenco. Se identificarmos alguma carência específica, iremos ao mercado e tentaremos suprir – afirmou.