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Dois mil e dezesseis esteve longe de ser um bom ano para o Fluminense.

 
 
 

Não foi muito diferente dos três anteriores, de seca de títulos e participações discretíssimas no Campeonato Brasileiro.

A conquista da Primeira Liga tem mais relevância pela importância histórica do pioneirismo do que pela própria competição em si.

Foi o ano também em que o clube se desfez de Fred, assinando o divórcio de um casamento que já vinha mesmo parecendo condenado.

Dois mil e dezesseis foi também o ano do fim da parceria com a Adidas, fornecedora alemã mundialmente conhecida cuja relação com o Fluminense foi costurada pelo recém-falecido João Havelange em 1996, num momento de vacas magras do clube.

A diretoria a trocou por uma aventura, a DryWorld, com quem já, inclusive, anuncia o distrato antes mesmo do fim do primeiro ano de parceria.

Foi o ano também da morte de Carlos Alberto Torres, uma bandeira tricolor, embora seu coração estivesse declaradamente sempre mais ligado ao Botafogo.

Houve, enfim, a inauguração do decantado centro de treinamento na Barra da Tijuca, agora uma realidade, graças à injeção de dinheiro de um VP abnegado, Pedro Antônio.

Teve ainda a afirmação do menino Gustavo Scarpa, cuja participação no Nacional fez a concorrência colocar olhos gordos sobre ele.

Contudo, o ano termina de um jeito frio, sem-graça, mas ao menos com o time na Primeira Divisão.

É muito pouco, o Flu merecia bem mais.

A sensação geral é de recolhimento, diminuição de anseios, ambição e de até um certo e indecoroso apequenamento.

Que Pedro Abad, que assumirá a presidência nos próximos dias, nos surpreenda positivamente.

A torcida, há muito, já anda cansada de ver à margem um clube historicamente marcado pelo protagonismo.

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Leia também “O tímido mundo tricolor”, opinião deste colunista no Blog Terno e Gravatinha.

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Com a proximidade das festas de fim de ano, a coluna para por duas semanas e retorna no dia 9.

Aos leitores que me acompanham neste espaço desde 2012 e aos companheiros deste NETFLU, desejo um Feliz Natal e um 2016 repleto de realizações.