Foto: Mailson Santana/FFC

Referência nacional, o Fluminense continua vanguardista na forma de se trabalhar com a base no Brasil. E os bons frutos dos Moleques de Xerém vem alavancando a formação de atletas do Rio de Janeiro. Os rivais do Tricolor já começam a se movimentar, inspirados na metodologia do clube verde, branco e grená.

Os resultados dos cariocas na Copa RS Sub-20 e nas demais competições nacionais mostram a evolução da base no estado. Além do Fluminense, Flamengo e Botafogo também estão nas semifinais da competição no Rio Grande do Sul. O Vasco foi o único eliminado, ainda na primeira fase, com quatro derrotas.

 
 
 

Assim como Fluminense faz há anos, o Flamengo aproximou a base com o futsal e aumentou o investimento nas categorias inferiores, o mesmo que começa a ser repetido por todo o país, como no Corinthians, por exemplo. O Botafogo começou neste ano a dar aula de inglês para alguns atletas da base, em um formato parecido com o que é realizado em Xerém. Em São Paulo, o Santos já estuda um projeto em Luxemburgo, na Europa, que lembra o trabalho realizado no STK Fluminense Samorin.

Em entrevista exclusiva ao NETFLU, o gerente da base, Marcelo Teixeira, comentou sobre o cenário.

– Era natural que com o passar dos anos os nossos adversários fossem, aos poucos, adotando parte do trabalho que realizamos no Fluminense. Isso faz bem para o futebol carioca e brasileiro. Flamengo, Botafogo e outros clubes do Brasil já adotaram ou estão adotando algumas situações que já realizamos em Xerém, faz parte do jogo. O que é bom e funciona acaba sendo copiado – disse.

É interessante ressaltar que até os apelidos, como “Moleques de Xerém”, que aproximam mais os fãs das categorias de base, tiveram reflexo nos rivais. O Botafogo, por exemplo, passou a chamar sua base de “Meninos de General”. Na mesma linha, o Rubro-Negro nomeou suas crias de “Garotos do Ninho”. Internamente, o sentimento no Fluminense é de satisfação, entendendo que a cópia nada mais é que uma manifestação de elogio.