A homenagem da torcida do Fluminense às vítimas do acidente com o avião da Chapecoense foi o que de mais bacana aconteceu na tarde de domingo em Edson Passos.
Foi também naquele estádio que o Tricolor viveu alguns de seus raríssimos momentos de alegria no Brasileiro, como a goleada por 4 a 2 sobre o Alético-MG, no reencontro com Fred.
Ao término das 38 rodadas, o Fluminense fez apenas 50 pontos dos 114 possíveis, o que representa um parco aproveitamento de 43,8%.
Teve mais derrotas que vitórias (14 a 13) e sofreu o mesmo número de gols que marcou (45).
O 13º lugar na tabela reflete bem o descaso com que o time tratou a competição em seu terço final.
Entre os gigantes do futebol nacional, o Tricolor só terminou à frente do Internacional, rebaixado pela primeira vez em sua história.
Repetiu o feito no ano passado, quando só superou entre os grandes o Vasco, que também foi parar na Série B (este, pela terceira vez).
Em 2013, só escapou da pior porque o Flamengo escalou irregularmente André Santos na última rodada (depois, uma “coincidência” histórica com a Portuguesa, que no dia seguinte colocaria Héverton em campo sem respaldo jurídico, acabaria salvando-o também).
Foi por pouco, muito pouco, que a atual direção não resgatou velhos fantasmas que tanto feriram o orgulho tricolor e machucaram milhões de torcedores na década de 1990.
Sempre querendo beijar a Morte, o Fluminense parece só não a ter encontrado, de capuz preto e foice da Segundona, porque foi a própria quem recusou.
Porque, se dependesse da capacidade de gerir futebol de Peter Siemsen e seus asseclas, o relacionamento com ela seria engatado com romance na certa.
A incrível marca negativa de dez partidas sem vitória no Brasileiro foi apenas a cereja do bolo de um time que jamais caiu no gosto da torcida.
(Mais) um ano para ser esquecido.
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Leia também “Queda deles, flerte nosso”, opinião deste colunista no Blog Terno e Gravatinha, há dez anos no ar.