O Fluminense nem precisou se esforçar muito para fazer uma nova vergonha no Campeonato Brasileiro. Neste domingo, foi a Florianópolis, não jogou nada, e perdeu para o Figueirense, que já caiu para a Série B, por 1 a 0. Marquinhos fez o gol dos catarinenses. A sequência tricolor sem vitórias no Brasileiro chegou, assim, a nove partidas (são seis derrotas). Antes postulante a Libertadores, o Flu, agora, está ameaçado de nem sequer ir à Sul-Americana (precisa ficar em 12º, posição para a qual está caindo). Patético!
Dizem que nada é tão ruim que não possa piorar. E quando se trata desse time do Fluminense, a máxima é para lá de verdadeira. Contra um adversário já rebaixado, o Tricolor entrou em campo com toda a vontade de ampliar sua coleção de papelões. Já sem grandes aspirações, Marcão optou por montar uma escalação alternativa dando chance a jogadores pouco aproveitados ao longo do ano como Igor Julião, Nogueira, Danilinho e Henrique Dourado. Na prática, o Tricolor era inofensivo em campo.
Sem Gustavo Scarpa, suspenso, Danilinho foi o escolhido como responsável por fazer meiúca. Mas não funcionou. O apoiador mal participou das jogadas e ainda errava passes. Assim, uma ou outra arrancada de Wellington e Richarlison pelas pontas eram as poucas formas de ameaçar o Figueira.
O Figueirense, apesar de não ter nada a fazer mais no Brasileiro, aproveitou-se bem das limitações tricolores e saiu na frente com o zagueiro Marquinhos, de cabeça, escorando cobrança de falta. E pasmem: os já rebaixados catarinenses eram bem melhores em campo. Tanto que Rafael Moura ainda acertou o travessão de Júlio César em chute de fora da área. O He-Man também ficou perto de ampliar azo aproveitar passe errado de Danilinho e ficar cara a cara, sendo travado por Nogueira na hora H.
Se o primeiro tempo já foi uma pasmaceira só, o segundo do Fluminense foi ruim de doer. Sem mostrar qualquer vontade de mudar a realidade da partida, o time foi vendo o tempo passar sem ameaçar o Figueirense em nenhum momento. Marcão, então, resolveu fazer mudanças lançando Pedro, Dudu e, por último, Maranhão. O técnico, no entanto, não conseguiu corrigir o principal problema da equipe: a falta de capacidade na criação. Como entre suas opções para serem sacadas estava Richarlison, Wellington, que nem fazia uma grande partida, passou a ser a única esperança em campo. Aí não dá, né?
Na última rodada do Brasileiro, o Fluminense pega o Inter, desesperado para fugir do rebaixamento no Rio de Janeiro (a princípio no Maracanã, mas provavelmente será mudado). Aguardemos novo filme de terror desse timeco aí.
O Fluminense jogou com: Júlio César, Igor Julião, Nogueira, Henrique e Giovanni; Pierre (Maranhão), Cícero, Danilinho (Pedro), Wellington e Richarlison (Dudu); Henrique Dourado.