Presidente da comissão criada para fiscalizar as obras do CT, Sérgio Poggi, entregou relatório de nove páginas ao mandatário do Conselho Deliberativo, Marcus Vinícius Bittencourt, no qual aponta falta de transparência no projeto e também irresponsabilidade com o orçamento do clube. Tal documento causou polêmica nos bastidores das Laranjeiras.
De acordo com o ofício, Pedro Antonio, vice de projetos especiais e responsável por tocar as obras, não forneceu documentos solicitados, entre os quais relação de empresas envolvidas, orçamentos, cronogramas e estudos. No texto também se fala dos empréstimos com taxa Selic de 2% ao mês com verbas de TV e direito de jogador como garantia ao cartola.
Ele ainda destaca o início do projeto sem previsão orçamentária.
Tal documento iniciou uma série de respostas dentro do clube. Integrante da comissão de fiscalização, o conselheiro Rafael Valle afirmou não se sentir representado pelo relatório. Marcus Vinícius, por sua vez, diz que Poggi não fala sozinho.
Já Pedro Antônio afirma nunca ter cobrado juros, acusa Poggi de ter feito poucas visitas às obras, assim como o restante da comissão, e que os dados poderiam ter sido obtidos no clube ou em seu escritório, na Barra.
– Fui eu mesmo que pedi a criação dessa comissão. Ele faz parte da chapa do Mário Bittencourt – disse Pedro Antonio, que apoia Pedro Abad.
Por fim, Poggi afirma não ter recebido a documentação necessária para determinar se a obra é benéfica ou não para o Fluminense.
– A comissão encerra seu mandato no sábado. Tinha de mandar minhas impressões para que ficassem registradas de forma oficial. Não questiono a obra. Mas não recebi elementos para dizer se ela é boa – rebateu.
Confira abaixo trechos do relatório:
Sobre a adequação ao orçamento:
Sobre as condições de empréstimos:
Sobre a solicitação de documentos:
