(Foto: Mailson Santana/FFC

Ao site Globoesporte.com, Fred tornou a comentar sobre sua conturbada saída do Fluminense. O centroavante do Atlético-MG afiram que foi “fritado” pela atual diretoria tricolor com divulgação de informações confidenciais a seu respeito.

– A verdade é uma só. Nos últimos meses que estava no clube, percebi que se iniciou um processo de fritura da minha pessoa por parte da diretoria do Fluminense. Vi que começou a vazar muitas informações a respeito do meu salário, que minha permanência no clube estava inviabilizando a conclusão das obras do novo CT… Então, percebi todo esse cenário que estava sendo desenhado contra mim e procurei o presidente. Eu disse: “Peter, o Fluminense é minha segunda casa, meu sentimento é de gratidão, devo muito a esse clube. As maiores alegrias que tive na minha carreira foram aqui, o momento mais difícil que passei no futebol, foi o Fluminense que me acolheu de uma forma que ninguém mais faria. Por isso, quando achar que sou um peso financeiro, peço para me procurar”. E não deu outra. Ele procurou meu representante e disse com todas as letras que ele poderia buscar qualquer situação para eu sair, porque estava sendo um peso após a saída do antigo patrocinador e pela suposta dificuldade da Frescatto em honrar a parte que lhe cabia do meu salário. Abriu-se a possibilidade de eu ser liberado até de graça, principalmente se fosse para o exterior.

 
 
 

Recebi essa notícia com certa tristeza, mas estava decidido que, quando ouvisse isso da diretoria, buscaria o meu caminho. Pouco tempo depois, o Levir Culpi assumiu e, coincidência ou não, senti ali que o processo de fritura se intensificou. A sensação que eu tive foi de que aquela situação era algo premeditado. Na primeira oportunidade que teve, o presidente do Fluminense aceitou até mesmo me envolver numa troca de jogadores com o São Paulo. A negociação foi aberta e por muito pouco eu não fui pra lá. Na última hora, a transação não se concretizou porque minha única condição era sair em definitivo. Eu não aceitaria ser emprestado para outro clube por puro capricho do presidente e correr o risco de manchar minha história no Fluminense. Enfim, depois de todo esse tempo, houve interesse concreto do Atlético-MG na minha contratação e, apesar de conturbada, o desfecho da transação se deu muito rápido.

A essa altura, eu também já estava muito chateado com a diretoria do Fluminense por todo o desgaste que foi gerado. O Fluminense fez investimentos infinitamente superiores, com valores de salários e aquisições de direitos econômicos, que superaram de muito longe os meus custos para o clube. Admito que também já não tinha mais força para seguir lutando contra aquilo. Então, cedi e concordei.

Mas Deus é tão bom em minha vida que uma situação que eu nunca tinha imaginado… o que parecia ser o fim se tornou um novo começo. Achava que não teria em outro lugar a mesma felicidade e o mesmo prazer que tinha de jogar no Fluminense, mas consegui encontrar aqui no Galo, no convívio do dia a dia no clube, mas principalmente na torcida, uma alegria tão grande quanto a que tinha no Rio – esclareceu Fred.