O Fluminense praticamente se despediu da temporada de forma melancólica neste domingo. Carente de técnica, vontade e comando, foi derrotado pela Ponte Preta por 1 a 0, gol de Wendel, no primeiro tempo. Com o resultado, o time carioca só possui chances de disputar a Libertadores caso haja a possibilidade de G7 e completou oito jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro.
Deu sono. Fluminense e Ponte Preta protagonizaram qualquer coisa diferente do futebol no Estádio Moisés Lucarelli. A bola esteve muito mais em posse dos zagueiros dos dois times, que sofriam na saída de jogo, do que dos meias e atacantes.
O Tricolor, mexido em relação ao empate com o Atlético-PR, tinha um Marquinho sem qualquer utilidade pelo lado esquerdo, dois laterais que não atacavam, especialmente o lado esquerdo com a “novidade” Giovanni, e um meio ausente de massa encefálica. Lucidez apenas em raríssimos momentos com Richarlison, Cícero e Gustavo Scarpa.
Aos 22 minutos, uma pequena pausa na apatia com duas chances seguidas criadas pelo ex-jogador do América-MG e pelo camisa 7 tricolor. Cinco minutos depois, Scarpa, na cara do gol, perdeu.
Dona da casa, a Ponte também tropeçava em suas próprias limitações. Afinal, seu lateral-esquerdo é Breno Lopes e um dos atacantes, Rhayner, que o torcedor tricolor não sente saudades. Não produziu nada até uma falha primária de Henrique. O experiente zagueiro, com “20 anos de curso”, antecipou errado, o volante Wendel tomou a frente e chutou sem defesa para Julio César. Fim parcial do show de horrores.
No segundo tempo, Marcão tentou dar mais força ofensiva ao sacar Pierre que, para variar, tinha cartão amarelo e pôs Marcos Júnior. Pouca coisa mudou. Gustavo Scarpa errava tudo, Cícero, mais recuado, não acertava mais passes. Uma coisa horrorosa…
Minutos depois, o técnico interino sacou Marquinho, que deve ter saído com a roupa limpinha, para a entrada de Magno Alves. O velhinho demonstrou uma consciência no ataque, tentando tabelas, finalizações, mas faltava com quem dividir as jogadas.
Por fim, entrou Danilinho, com suas pernas curtas e nenhuma velocidade, na vaga de Scarpa. Desde que passou a utilizara a camisa 10, o meia não conseguiu render. Esteve irreconhecível.
O fim do jogo foi uma tortura. A Macaca tinha o contra-ataque e desperdiçava um atrás do outro. Rhayner, que deve ter cinco gols na carreira, perdeu cara a cara com Julio César. William Pottker e Breno Lopes também perderam chances. Seria a pá de cal nesse Fluminense moribundo, mal montado, desequilibrado, sem vontade e, principalmente, desqualificado tecnicamente.