Se o Fluminense foi muito mal falado em 2013, quando caiu para a Segunda Divisão do Brasileiro, mas se salvou pelos erros de Flamengo e Portuguesa com a escalação de jogadores irregulares (André Santos e Héverton, respectivamente), Peter Siemsen já nota uma certa mudança na opinião do público. O presidente lembra que o clube não fez nada de errado e critica a forma como se conduzem os julgamentos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Para o mandatário, deveria acontecer como é no restante do mundo, com uma comissão baixando atos administrativos punindo quem comete irregularidades.
– Muita gente já mudou a concepção. Dois clubes usaram jogadores que foram colocados irregulares. O problema no Brasil é a forma de se aplicar a regra. Há um tribunal para resolver. Em todo o lugar do mundo se baixa um ato administrativo. Jogador tá irregular, é punido e pronto. Real Madrid teve um jogador irregular, passou o jogo da competição (na Copa da Espanha) e foi eliminado. O Legia Varsovia foi excluído da Champions. Ato administrativo. No Brasil se criou uma coisa doida. Tem um tribunal, provas, testemunhas, depoimentos… Tem o maior absurdo que é o efeito suspensivo. Tira a credibilidade. Que nem no Fla-Flu, que o árbitro demorou 13 minutos para decidir. Errar e acertar, faz parte. Mas que seja na hora. No caso do jogador, está irregular, baixa o ato administrativo depois do jogo e pronto – cobra.