Marcão assume o Fluminense nesta reta final de Campeonato Brasileiro com um objetivo definido: tentar classificar o clube para a Copa Libertadores da América de 2017. O auxiliar técnico permanente terá desafios nos sete dias de treinamento até a partida diante do Atlético-PR, no feriado de 15 de novembro, às 17h, no Maracanã. Confira quais são, listados pelo site Globoesporte.com:
Estancar erros defensivos
Os seis jogos sem vitória, sequência que deu fim ao trabalho de Levir, evidenciaram problemas defensivos. São 13 gols sofridos, oito deles em cruzamentos para a área. A formação não mudou – à exceção da troca de William Matheus por Giovanni, por motivo de lesão do titular. De resto, Júlio César, Wellington Silva, Gum e Henrique atuaram. Marcão precisará corrigir o posicionamento nas jogadas de bola levantada. E os jogadores precisam errar menos. Wellington Silva e Gum falharam na derrota para o Santos, Wellington Silva na derrota para o Flamengo, Gum e Marquinho contra o São Paulo, por exemplo.
Recuperação de Marcos Júnior e reservas
Após a demissão de Eduardo Baptista e antes da chegada de Levir, Marcão comandou o Flu em dois compromissos do Carioca 2016. Venceu Friburguense e America, classificando o Tricolor para a segunda fase. Na época, não contou com Gum e Fred, sem condições físicas. Cícero atuava como meia, Marcos Junior, no ataque, e o time não tinha centroavante. O camisa 35, aliás, pode recuperar espaço – perdeu a titularidade após se machucar contra o São Paulo e virou apenas alternativa a Levir. Na comparação com Wellington e Richarlison, atletas que vinham jogando, é mais efetivo.
O caso de Marcos Junior pode abrir uma melhor gestão dos reservas. Osvaldo, por exemplo, após 13 partidas no banco sem entrar no decorrer dos 90 minutos, reclamou. Havia descontentamento de outros suplentes com a falta de oportunidades.
Definir posição de Cícero
Ao anunciar o fim do ciclo de Levir no Flu, o presidente Peter Siemsen destacou sua preferência por um esquema com três volantes. Desta forma, Cícero, que pode atuar em várias posições no meio, seria adiantado. Diferente do que acredita o dirigente, o Flu não rende melhor.
Em 14 jogos no Brasileiro com Cícero como meia, o aproveitamento é de 40,4% – quatro vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Observando classificação e aplicando a média proporcionalmente, o Flu teria 41 pontos e brigaria para não cair. Já com o jogador atuando como segundo volante, o time tem 50% de aproveitamento em 18 jogos – oito vitórias, três empates e sete derrotas -, média esta que deixaria a equipe empatada com o Atlético-PR, justamente o último da zona da Libertadores.
O jogador só não atuou em dois dos 34 jogos do Flu no Campeonato Brasileiro – uma vitória e um empate, contra Santa Cruz e Coritiba, respectivamente. Um dos artilheiros da equipe no torneio, com oito gols, Cícero também deu duas assistências. É um dos mais experientes do elenco e chegou a ser capitão com Levir Culpi.
Recuperar confiança da torcida
Não poder usar o Maracanã e o Engenhão, claro, tornaram os números de público um tanto relativos. Porém, nem com a tardia opção por mandar jogos no Giulite Coutinho, o Flu conseguiu sair da 15ª posição na média de pagantes no campeonato: 7.670, com 29% de taxa de ocupação de estádio – média da competição é de 15.085, com 40% de taxa de ocupação.
Os tricolores também não foram em peso no retorno ao Maraca: 17.250 pagantes, um indício de desconfiança com o time. Marcão, por ser ídolo, duas vezes campeão carioca e uma vez da Série C, é a aposta do presidente para reconquistar a torcida. O ex-volante sempre é aplaudido e requisitado a fotos e autógrafos. Em protestos, nunca é alvo. É torcedor. Recentemente, ao carregara tocha da Rio 2016, cantou uma música da torcida. Só o discurso não será suficiente, o time terá de render mais… Ao menos a promoção de ingresso a R$ 20 pode ajudar.