Primeiro Celso Barros, atualmente, Pedro Antônio. O Fluminense parece não se livrar da figura de um mecenas que injeta dinheiro há alguns anos no clube. O presidente Peter Siemsen, porém, afirma que o clube vem se planejando para viver sem personagens dessa natureza.
– A cada dia está se preparando para isso. Quando assumi, certamente não estava nada preparado. Foi um enorme esforço nesses seis anos para fazer essa preparação. Mas acho que o Fluminense nunca deve dispensar nem uma oportunidade nem outra. O dia que tiver uma oportunidade de ter um parceiro como alto investimento no futebol, não precisa ser com o modelo que se tinha aqui, ainda bastante amador no ponto de vista de processo decisório. Tem grandes modelos no mundo. PSG, City, projetos da Red Bull, que chegou no Liepzig, da Alemanha. Sensacional. Não acho que o Fluminense tenha que deixar de aproveitar essas oportunidades, o que não pode é quando tiver, não construir e não se fortalecer como clube. Deixou de fazer por vários anos aqui. Deve ser bem costurado e fortalecer também o clube, não apenas o time de futebol. Se isso acontecer, ótimo, podemos ter o Fluminense de daqui a 50 anos em 10. Sou um empreendedor. As vezes erra. Mas se acertar a maioria, dá salto de qualidade grande. Esse é meu perfil e jamais deixaria passar uma oportunidade dessa. Sobre o Pedro, você tem um torcedor apaixonado, que viabiliza uma obra que seria de sei lá quantos anos e com um custo muito maior, e ele, de forma pro-bono, se apresenta para ser o responsável é uma oportunidade única. Cabe ao presidente não colocar objetivos políticos na frente disso. Um cara bem-sucedido na área resolve ajudar o clube: por que não? É uma oportunidade única e que não poderia perder. Poderia fazer sem ele? Poderia. Mas em um nível não tão moderno, sem tanta qualidade e com um custo-benefício tão bom. O que sem ele levaria anos, com ele levou um ano e meio – justificou Peter.