Ao comentar sobre o tratamento diferenciado que existe de um clube para outro, Peter Siemsen destacou a luta pelo Maracanã. O contrato celebrado com o Consórcio e a luta pelo lado direito com o Vasco, para o presidente do Fluminense, foi uma demonstração de força da atual gestão.
– Ah, isso eu já falei bastante na época. Houve um tratamento diferenciado e Fluminense foi muito prejudicado. Mas é aquele negócio. Aqui, a gente agarrou o touro à unha e enfrentamos cada um dos problemas. Alguns foram mais complicados, mas todos superados. Com enorme coragem e garra. Colocamos tudo no seu devido lugar. Enfrentamos a questão do Maracanã. Me lembro quando foi feita a concessão, os jornais falavam que o Flamengo ia fazer o contrato e o Fluminense ficaria de fora. Fui muito cobrado. Fiz o trabalho e todo mundo viu o que resultou o nosso contrato. Demos a cara com muita garra e coragem. Mudamos a história, como foi o lado direito do Maracanã, com o Vasco. Sei que assinamos o contrato e desde então jamais jogamos contra o Vasco com a nossa torcida do lado esquerdo. Nunca mais. Isso é coragem. Foram 60 anos mudando de lado, com o dirigente aqui baixando a cabeça. Isso mudou. É o Fluminense sem bravata, mas que cumpre, faz, constrói. Me lembro que quando fomos lutar pelo terreno para o centro de treinamento com a Prefeitura, o prefeito foi espetacular e disse que não poderia ajudar apenas o Fluminense, mas todos os quatro. Foi feito, eu trabalhei pelo meu terreno, consegui um que entendemos que fosse bom. Mesmo ouvindo que era inviável, que era um pântano, que gastaria muito dinheiro. Minha gestão está terminando e estamos entregando tudo quase pronto. Coragem do Pedro Antônio de entrar de cabeça no projeto, ser um tremendo parceiro do clube. Quando saiu a Unimed, demos a cara e mostramos ser um clube viável sem eles. Me dá muito orgulho esses seis anos. Que mudança o Fluminense passou nesse período! – festejou Peter.