Entre erros e acertos, Peter Siemsen destaca a demissão de Abel Braga em 2013 como um dos maiores equívoco dos seis anos que esteve na frente do Fluminense. O outro foi ter aceitado a sugestão do então vice de futebol, Mário Bittencourt, em mandar os jogos neste ano em Volta Redonda.
– A que mais me marcou no futebol foi a saída do Abel (em julho de 2013, após cinco derrotas seguidas). Eu sempre tive espírito de não ficar trocando de técnico, mas o futebol profissional teve pouco tempo na minha mão. Teve o período da Unimed e fomos campeões em 2012, mérito maior do Celso. Também tivemos as intempéries de 2013 (só não foi rebaixado por erros de escalação de Portuguesa e Flamengo), que também faz parte do mesmo processo. Meu pensamento sempre foi de técnico trabalhar a longo prazo. É muito duro para mim cortar um ciclo no meio e acha que isso prejudica. Vai ter ano bom, ano ruim, mas a manutenção de quem trabalha e conhece o clube é fundamental. Mas precisa de tempo. E o Abel tinha esse perfil. Era nascido aqui, identificado com o Fluminense, campeão. Porra, não pode ser uma série de cinco derrotas, um momento ruim, que via demitir o técnico. Foi contra a minha vontade, passei dias muito difíceis e me arrependo amargamente. Deveria ter ido até o fim com o Abel. E por mim, sugiro a quem quer que seja, procure escolher técnico com critério, organização, e trabalhar a longo prazo. Esse arrependimento é duro e já falei com o próprio Abel. Tem um (erro) desse ano. Desde o ano passado estou com essa ideia de jogar no campo do América. Até pelas incertezas que ocorrem com equipamento público, caso do Maracanã. Sempre achei que para o estadual e jogos deficitários, por que não jogar em um estádio menor? América passava por dificuldades e foi um casamento bom para o futebol carioca. Queria fechar isso desde novembro, mas o pessoal do futebol à época [Mário Bittencourt e Fernando Simone] foi muito contra e escolheram Volta Redonda. Eu era contrário a isso. Até porque hoje a gente não concentra. Em Volta Redonda não tem como pela distância. Depois quando me aproximei do futebol, trouxe o projeto à tona, mas acho que teríamos tido um ano melhor se tivéssemos o estádio mais cedo – revelou.