Sabatinado por grupos de torcedores a cada reunião que faz na sua campanha para a presidência do Fluminense, Mário Bittencourt, volta e meia, é questionado pela contratação, no ano passado, de Wellington Paulista. E sempre a tem defendido. Agora, o ex-vice de futebol justifica por que tem feito isso.
O NETFLU teve acesso a um áudio de pouco mais de dois minutos, que circula em redes sociais, em que Mário Bittencourt faz a defesa de Wellington Paulista e ainda traça um paralelo a Henrique Dourado, contratado pela atual gestão. Veja o que ele falou:
– Eu só queria entender a implicância que as pessoas têm com esse jogador. Juro que gostaria de entender. Você conversa com diversas pessoas no mundo do futebol que não gostam do Fred… Ele é um bom jogador de clube grande. Se eu perguntar a vocês todos quantos gols tem o Wellington Paulista na carreira e em quais clubes jogou ninguém sabe. Alguém sabe? Ele tem 250 gols na carreira. Fez 74 gols com a camisa do Cruzeiro, fez 50 gols pelo Internacional, jogou no Botafogo. No Fluminense jogou 15 jogos, entrando faltando 15 minutos. Ele veio de graça para o Fluminense, contrato de dois anos, está emprestado para a Ponte com a Ponte pagando. Ganhava R$ 150 mil por mês. O Fluminense contratou um centroavante que custou R$ 10 milhões ao clube, fez um contrato até 2020, não tem 40 gols na carreira, ganha R$ 380 mil e ninguém fala. É política? É para fazer política? Se nós formos eleitos, ele será o centroavante do Fluminense.
Também ao NETFLU, Mário explica o contexto das defesas feitas à aquisição de Wellington Paulista.
– Estava explicando na reunião sobre os motivos da contratação de todos os atletas que passaram comigo no futebol, entre eles o Wellington paulista que veio para ser centroavante reserva do Fred na época. Citei na explicação que os números dele em clubes como Cruzeiro e Inter eram bons, passados pelo setor de scout do clube e que por isso optamos por contratá-lo. Em seguida, na mesma reunião, fui perguntado se ficaria com o Henrique Dourado ano que vem. Eu disse que ele possui contrato com o clube até 2020 e que sendo assim eu preciso respeitá-lo e que acredito que com dois bons laterais, um jogador de lado e uma boa sequência de jogos podia render bem como ocorreu em 2014 e ele foi vice-artilheiro do Brasileiro. Esse era o contexto da conversa, porque não falo mal de jogadores. Posso ser presidente em janeiro e tenho de contar com todos os que estão lá. Essa é a postura de quem quer presidir um clube de futebol, e não a postura amadora de outros candidatos que falam mal de atletas que podem estar no clube no futuro. Uns já passaram pelo futebol e falam mal de atletas que podem vir a trabalhar e outros, sequer tiveram perto do futebol uma vez na vida. Nossa candidatura segue firme com propostas sólidas enquanto de outros só vejo discussões menores e sem conteúdo. Para concluir, todos sabem que meu centroavante de preferência sempre foi o Fred e por isso renovei o contrato dele em 2015. Aliás, na reunião que fiz lá citei que um de meus apoiadores na campanha que estava lá presente não gostava do Fred e que somos democráticos em debater futebol, mas que eu tinha o desejop do Fred encerrar a carreira no Fluminense – afirmou.