Vice-presidente de futebol do Fluminense e agente de atletas. Mário Bittencourt, candidato à presidência do Fluminense, é sócio de uma empresa de agenciamento esportivo, conforme revelam documentos que vazaram na internet e foram divulgados pelo Jornal Extra.
Mário abriu a empresa MLG Agenciamento e Gestão Empresarial Ltda em 3 de dezembro de 2012 junto com Luis Eduardo Barbosa, seu sócio no escritório de advocacia. Depois disso, o advogado atuou como vice de futebol por 658 dias (de 08 de maio de 2014 até 25 de fevereiro deste ano). Uma função que prevê a contratação de atletas para o clube.
De acordo com seu contrato social, a MLG “tem por objetivo o agenciamento de profissionais para atividades esportivas, culturais e artísticas; consultoria em gestão empresarial; e a intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral”. Por isso, o conflito, já que poderia beneficiar algum atleta por ele agenciado.
Procurada, a assessoria da campanha do advogado informou que as questões já haviam sido explicadas em sua conta no Facebook, já divulgado pelo NETFLU. No texto publicado na quarta-feira Bittencourt afirma que criou a MLG porque sonhava virar um executivo de futebol, o que não ocorreu. Frisou que a empresa nunca fora usada e que já deu início ao processo de baixa. Mas na Receita Federal ela continua ativa.
Já a assessoria do Tricolor, indagada se o presidente Peter Siemsen sabia do conflito de interesses quando convidou Bittencourt para ser vice de futebol, respondeu que ele “não tinha conhecimento, e o clube não vai se manifestar sobre o assunto”.