Hoje Gum tem 351 jogos pelo Fluminense, mas essa história poderia ter sido resumida de maneira até trágica. Entre 2014 e 2015 o zagueiro viveu uma série de problemas, drama e quase morte. Primeiro, sofreu grave contusão nos campos. Depois, um erro médico nos Estados Unidos por pouco não terminou com sua vida.
O zagueiro recorda como começaram os problemas, ainda em 2014, quando fraturou a perna direita.
– Quebrei a perna em dois lugares. O rapaz caiu em cima da minha perna e ainda rompi o ligamento também do tornozelo. Foi uma luta, mas graças a Deus me recuperei. Voltei no último jogo do Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro. Entrei aos 20 do segundo tempo. O professor Cristóvão (Borges) me botou e entrei como um menino, correndo. A previsão era só 2015 e joguei ainda em 2014 – disse.
Quando parecia que o pior tinha passado, o zagueiro seguiu com a família para passar as férias nos Estados Unidos. Aí, no entanto, a situação ficou bem mais grave. Uma crise de apendicite fez com que fosse operado fora do país e um erro médico quase o matou.
– Foram quatro cirurgias em cinco meses. Fiz as cirurgias na perna, pino no tornozelo. Aí viajei com a família para os Estados Unidos, comecei a passar mal no voo. A situação do apêndice. Fui operado lá, mas segui passando mal. Diziam que era uma reação, algo normal, Quando voltei para o Brasil, em Marília, tive de fazer uma outra cirurgia. Que seria simples, para tirar um abcesso. Aí o médico viu que era algo mais sério, pois tive uma perfuração no intestino. Um milagre eu ter sobrevivido. Eu poderia ter tido uma infecção. Fui fazer a cirurgia e o doutor que abriu para fazer a limpeza, ele disse que sentiu algo errado. Ele me falou: “algo me disse que há alguma coisa errada”. E abriu para ver. Um abcesso esquerdo do lado do abdômen. E a situação era do lado direito, ele abriu para ver. Aí ele viu que o intestino estava perfurado. Precisou tirar 62 centímetros. Eu sou um milagre que Deus existe, que pode curar uma pessoa – emociona-se.