Para muitos torcedores, o ano começou, realmente, com a disputa da Libertadores. Para outros, a Libertadores só começa com o início da fase de mata-mata. Encarando o emelec, no Equador, pelas oitavas de final da competição, o Time de Guerreiros tentou fazer valer seu “calo” e, mesmo sem ser brilhante, quando parecia que empataria o duelo, a arbitragem prejudicou. Conclusão: 2 a 1 para os donos da casa.
Mantendo a escalação que deu certo, no fim de semana, contra o Volta Redonda, naquela que, para muitos, foi a melhor exibição do Fluminense na temporada, o técnico Abel Braga escalou um time leve, com o trio ofensivo Sobis, Rhayner e Wellington Nem. Mas, como de costume, o início da partida foi um sufoco, atuando na casa do adversário.
Parecendo não tomar conhecimento de que o oponente era o atual campeão brasileiro, os equatorianos trataram de encurralar o esquadrão das Laranjeiras logo no início. Com cinco minutos jogados, a defesa verde, branca e grená já havia tirando uma bola perigosa da área e visto a redondinha explodir na trave de Cavalieri. Os donos da casa jogavam sob a batuta dos torcedores, que cantavam sem parar. Os comandados de Abelão só foram assustar o Emelec aos 23 da etapa inicial. Wágner cobrou bem uma falta e o arqueiro fez defesa espetacular. A bola ainda bateu na trave.
Vale destacar que o Tricolor pecava em não manter o controle do jogo como deveria, baseando-se em chutões ou lançamentos sem um fim decente. O castigo veio aos 32: Leandro Euzébio cortou mal o cruzamento e mandou a bola para o próprio patrimônio. Ele ainda seria figurinha carimbada no segundo tempo, mas antes, um brinde que caiu do céu. Num chute iluminado, de fora da área, Wágner empata a partida, mesmo sem o Flu merecer, no fim do primeiro tempo.
O gol parece ter esfriado o entusiasmo dos equatorianos. Tanto que a etapa complementar foi regida com menos pressão do Emelec. Aliás, a grande movimentação ofensiva do Time de Guerreiros confundia a zaga imatura do Emelec. Aos 7 minutos, Carlinhos quase virou o jogo, pegando um cruzamento de Wágner após escanteio. A bola passou muito perto.
Dali em diante, o duelo foi levado à banho-maria. Por preciosismo, o Tricolor acabou não liquidando logo a fatura. Pecado mortal em jogo de Libertadores, ainda mais quando o árbitro é “caseiro”. Num pênalti muito mandrake, perto do fim da segunda etapa, o Emelec ficou à frente outra vez. Apesar das reclamações por toda a parte, o resultado se manteve assim: 2 a 1 para o Emelec. Agora, é esperar o duelo da volta e um smples 1 a 0 para se classificar à próxima fase.