Em entrevista à Rádio Bradesco, Mário Bittencourt apresentou suas propostas para o plano de sócio torcedor do Fluminense. O candidato da chapa “O Fluminense me domina” criticou a maneira como o marketing lida com os afiliados e não vê benefícios para os tricolores que moram em outros estados.
– A primeira coisa que tem de ser feita é mudar o modelo. O modelo é ruim. Ouvimos uma série de sócios do programa sócio futebol e o Fluminense não dá a eles nada além do que a opção de comprar ingresso para os jogos. Como o Fluminense não tem o seu estádio, ele vincula o sócio-futebol única e exclusivamente à partida. Quando o time começa a perder, ele (sócio) para de pagar. E aí estudamos alguns planos, recebemos uma centena de ideias e analisamos. Produtos que o torcedor pede, ações de marketing… Fomos estudar os planos de outros clubes como o do próprio Palmeiras, vimos que é viável e entendemos que só há uma solução para revitalizar o sócio-futebol: criar um sistema de fidelidade com pontuação. A cada ação que o sócio tenha ele possa acumular pontos e trocar por ações e produtos do Fluminense e não fique pura e simplesmente vinculado ao resultado do jogo. Olha que absurdo: O Fluminense criou um programa de sócio-futebol para que o sócio possa exercer a cidadania dele. Temos uma eleição em novembro e o Fluminense não terá voto pela internet. O cara mora no Acre e vai ter de pegar um avião para votar. O preço da passagem vai custar um ano de sócio-futebol e o que ele faz? O cara não vai ao jogo, porque mora longe, o Fluminense não lhe dá nada e ele não pode votar. O que ele faz? Tchau, deixa de ser sócio. O Palmeiras tem um programa de sócio assinante. É o cara que não vai ao jogo, mas recebe a revista oficial do Palmeiras. O cara não paga R$ 50, mas paga R$ 15, R$ 20 e recebe a revista oficial, com entrevistas, cupom para trocar por boné, camisa. Essa revista custa R$ 3,50 e ele vende a R$ 15 ou R$ 20.