O volante Pierre compõe uma família grande, com 10 irmãos. Já foram 11. Um deles morreu há dois anos, vítima de assassinato em Itororó, interior baiano, terra natal do jogador. O atleta do Fluminense relembra o momento triste, em entrevista ao Globoesporte.com
– Foi em 2014, quando eu estava no Atlético. Ele trabalhava com reciclagem, era pai de três filhos. Um dia recebi a notícia de que tinham esfaqueado ele. Foi para o hospital, estava estável mas de repente houve uma hemorragia e ele veio a óbito. Depois soubemos que foram pessoas que trabalhavam com ele e fizeram uma emboscada. Foi um momento muito difícil. Na época, tínhamos um jogo muito importante contra o Flamengo. Eu saí em uma segunda-feira para o velório e retornei a tempo de jogar na quarta. Quando perdemos, lembro de ter lamentado que se a gente conseguisse o título eu ia homenageá-lo, que foi um dos meus incentivadores no esporte. Ele jogava no Asa Branca, lá no interior, e eu ia com ele. Foi uma perda doída, ainda mais como foi. Mas a vida segue e a gente tem que levantar a cabeça – comentou Pierre.