Levir Culpi escreveu o livro intitulado “Um burro com sorte?”, que fala sobre sua carreira de treinador. Mesmo com algumas críticas de torcedores do Fluminense, o time está numa boa colocação, brigando por vaga na Libertadores. Afinal, o que é mais importante, ser um burro com sorte ou um inteligente azarado?
– Infelizmente, no Brasil, o burro com sorte leva vantagem. Estou empregado até hoje e tem muita gente que estuda muito, é muito inteligente, adora futebol, quer estar no meio e não consegue trabalhar no futebol. Tem muito disso. Se você acompanhar o que aconteceu no jogo contra o Corinthians. O Fábio (Carille, treinador do time paulista), que ele fez para perder o jogo? Então, realmente, é preciso ter sorte, tomar umas decisões. Não tem ninguém dono da razão. O que mais me magoa no Brasil, me deixa chateado, é que você pode conquistar qualquer resultado mesmo desonestamente. Aí você é reconhecido. Isso que me deixa um pouco fora da linha. Mas temos que lutar contra isso, gente, procurar qualificar mais as pessoas. Por enquanto só agradeço a sorte que Deus me deu. Apesar de que eu gostaria de ser cantor, não queria ser técnico. Imagina eu compondo igual ao Chico Buarque… Tenho a maior inveja desses caras. Melhor coisa do mundo é a música.