O portal Uol, em reportagem nesta manhã de quinta-feira, publicou cinco razões para que o torcedor do Fluminense, eufórico com a notícia da última terça, divulgada pelo presidente Peter Siemsen no lançamento da candidatura de Pedro Abad, volte a fincar os pés no chão. O site detalha que ainda é embrionário o projeto para a construção de um estádio. Confira:
Flu tem terreno, mas ainda precisa de autorização para construir o estádio
O Fluminense deu um passo importante para tornar o sonho realidade. Encontrou o terreno e chegou a um acordo. A área pertence a uma empresa que se viu estagnada, sem conseguir construir devido ás regras construtivas do bairro. O Flu fez uma parceria e prometeu que conseguirá fazer com que tudo ande. Agora, o clube precisa conseguir a autorização da Prefeitura do Rio para construir o estádio no local. Isso porque há uma lei que determina um limite de altura, que seria atingida.-
– O primeiro passo foi dado. Não adianta ficar eufórico e pensar que agora temos um estádio. Temos de trabalhar muito para chegar lá. Para quem trabalhou muito para ter o CT, com o nível e com a localização, acho que dá para confiar. O memorando significa o seguinte: o Fluminense tem uma obrigação, que precisa da parceria da prefeitura. Trabalhando junto, se muda a regra construtiva da localização e se constrói – afirmou Peter Siemsen, presidente do Flu.
Pedro Antônio investiu no CT. Mas quem vai “bancar” o estádio?
Se o centro de treinamento foi construído com o apoio do vice de projetos especiais Pedro Antônio, ainda não há uma definição de quem será responsável pelas obras do estádio. O candidato à presidência pela situação, Pedro Abad, deixou claro que já mantém conversas nesse sentido, mas não há qualquer decisão tomada.
– A construção depende de fontes de financiamento. Temos três previstas no estudo. Dependendo da receptividade, podemos ter recursos maiores e imediatos. Temos estimativas, mas é complicado falar de números exatos de orçamento porque gera uma expectativa enorme na torcida – disse Abad.
Fluminense ainda montará projeto incluindo contrapartida para a cidade
Caso convença a prefeitura do Rio a liberar a construção do estádio, o Fluminense terá que realizar algumas contrapartidas. O projeto ainda será elaborado e entregue ao próximo prefeito da cidade, que poderá ser decidido neste domingo. Entre as medidas, estão ações sociais com a comunidade do local e melhoria da qualidade do entorno, o que envolve diretamente o canal da Barra.
– Lógico que tem de dar contrapartida. Tem de desenvolver projeto com a área pública para poder mudar a regra de construção. Acho que é bom para todos. A região que tem comunidades, tem canais assoreados… A construção do estádio passa pela melhoria da qualidade do entorno, dos canais. É um trabalho extenso e difícil. Envolve as pessoas. A região clama. Ela está na fronteira entre o novo que cresce e as comunidades. A gente já tem isso no Rio, e convive bem. Mostra a diversidade da cidade. A gente convive em uma sociedade desigual e queremos contribuir com o desenvolvimento da cidade – explicou Peter.
Próximo prefeito do Rio terá que aceitar projeto do Fluminense
Até o momento todas as conversas com a Prefeitura do Rio ocorreram com o atual prefeito Eduardo Paes. O mandatário gostou do que o Fluminense tem a oferecer, mas a verdade é que tudo dependerá do vencedor das próximas eleições, que poderão ser definidas neste domingo. O presidente Peter Siemsen afirmou na última terça-feira que não há qualquer receio nesse sentido.
– Independe totalmente. Ele (Eduardo Paes) faz um tremendo trabalho na cidade, dentro das dificuldades. O projeto é um bem para a cidade. Isso independe de partido e de prefeito. Tenho certeza de que o prefeito que ser eleito vai entender que o futebol mudou – disse o dirigente tricolor.
Fluminense sabe que estádio vai demorar e não abre mão do Maracanã
Por fim, o próprio Fluminense sabe que a casa própria vai demorar a ficar pronta. Tanto que o clube segue atento às negociações pelo Maracanã. O estádio é visto como ideal para receber o clube até que o sonho se realize. Até mesmo para quando já tiver sua arena, o Tricolor quer seguir atuando no “Maior do mundo” em jogos de maior apelo.
– O Maracanã não é descartado pelo Fluminense. A nossa estimativa é fazer um estádio com uma certa limitação de capacidade. Cabe negociação. Não queremos ser o empecilho do Maracanã, queremos ser parceiros. Queremos também ter a nossa casa. Ela muda a história. É um passo para ser diferente. Ter uma casa muda a relação do time com a história – finalizou Siemsen.