Mesmo muito debilitado em função de um problema no estômago, Zagallo carregou a tocha olímpica, em cadeira de rodas e sem segurá-la, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Quem passou o símbolo dos Jogos ao Velho Lobo foi Carlos Alberto Parreira, ex-técnico do Fluminense, onde foi campeão brasileiro em 1984. O ex-treinador elogiou muito o amigo pelo esforço feito.
– Ele não está falante como antes. Mas perguntei se estava feliz, e ele disse: “Estou”. Não tem força para caminhar, mas está lúcido e sua televisão fica permanentemente ligada em canais esportivos. Zagallo sabe tudo o que está acontecendo. Ele foi um guerreiro por ter participado do revezamento da tocha. E eu tive o prazer de entregar a chama ao meu grande ídolo – afirmou Parreira, técnico campeão mundial em 1994 com a seleção brasileira e que tinha Zagallo como auxiliar na ocasião.
Aos 84 anos, Zagallo, segundo familiares, teve seu estômago parando de funcionar há pouco mais de um mês. O ex-técnico ficou três dias sem conseguir se alimentar e foi internado no hospital Barra D’Or por 15 dias. O Velho Lobo vem se alimentando por sonda e tem assistência permanente em casa, com cuidados de uma equipe de enfermeiros.