Incentivo, bandeiras e euforia nos estádios. As três cores que traduzem tradição representadas por um grupo de jovens e fanáticos tricolores. Perfeita harmonia: pode até não ter show no campo, mas a arquibancada se fará protagonista. Neste sábado, a Bravo 52 completa sete anos de total descontrole em prol do Time de Guerreiros. Em relato dado ao portal NETFLU, um dos 19 organizadores da torcida, Igor Mattos, falou sobre o movimento que contagia tricolores em todos os cantos do país.
Confira:
“Eu, particularmente, não participei do inicio da torcida, que se resume a ideia de um grupo de amigos, que se encontrava para assistir aos jogos na extinta e eterna Legião.
Contudo, a mudança da ideologia em alguns momentos se perdeu principalmente na hipótese de apoio incondicional nas boas e nas más.
O estopim foi a participação (ou não) de tal Movimento na politica interna do clube, o que acarretou no afastamento de alguns membros e na criação de uma “barra-brava” de verdade.
Sim, nos auto-denominamos “barra-bravas”, movimento sul-americano de apoio incondicional, que surgiu no Uruguai, diferentemente do que é dito.
Agradecemos o MPLT e temos total respeito a todos, altamente revolucionário na arquibancada, assim como todas as outras torcidas.
Nossas características marcantes são: O apoio incondicional independente do resultado, uso de um visual forte que prevaleça a imagem do clube na arquibancada e o não envolvimento em brigas (Sim, somos uma barra anti-briga).
Mas, por que anti-briga? Se você quer ser um exemplo, deve passar o exemplo. Queremos e conseguimos aos poucos atender todos os públicos possíveis, desde crianças até idosos, queremos que estes se sintam em casa e tenham prazer em torcer pelo clube.
Torcemos pelo clube, temos ídolos, mas nos noventa minutos é o Flu que esta lá, eis que se fortalece o apoio incondicional.
Crescemos com nosso ideal e queremos transforma-lo em toda arquibancada, sem menosprezar a história marcante de todas as torcidas do Flu (algo nunca feito).
A ideia é representar o clube, sempre! Apoio na arquibancada, incentivo aos jogos, incentivo a ser sócio-torcedor, engrandecer o clube. Sem qualquer participação política (consta em nosso Estatuto).
Hoje nossa renda para manutenção de material e logística é em cima de nossas vendas, pescadores (cumbucas que são a marca da torcida), adesivos e camisas (que façam sempre alusão ao clube, deixando claro que na arquibancada nosso uniforme é a camisa oficial).
A luta contra a modernização ao futebol é sempre ressaltada, a volta da pirotecnia, da arquibancada de cimento… Algo que hoje recebe alta restrição por superiores.
Lutaremos contra o sistema!
Esperamos ser um exemplo a todos e ficarmos marcados sempre na história da Instituição.
Desde 06/08/2009 até sempre.
Nas boas e nas más,
Haverá sempre uma banda descontrolada atrás do gol.”
Vale destacar que a Bravo possui sedes também no Espírito Santo e em Brasília, além de um grupo feminino chamado Bravas da 52, que valoriza as mulheres nos estádios.