O NETFLU continua proibido de fazer a cobertura jornalística diária na sede do Fluminense e em suas demais dependências. Além disso, o jornalista Paulo Brito foi excluído do grupo oficial dos setoristas, não tendo mais o direito às informações oficiais, em pé de igualdade, com outros profissionais. Nenhum dirigente do clube está autorizado a conceder entrevista ao site mais acessado pela torcida do Fluminense. A proibição completa dois meses hoje.
De acordo com um comunicado da assessoria de imprensa do clube, o veto “partiu de cima”. Naquela ocasião, em 20 de julho, data do veto, após contato do editor e um dos fundadores do site número 1 da torcida tricolor, Leandro Dias, com diretor de comunicação do Fluminense, Sérgio Arêas, o profissional confirmou o cerceamento ao trabalho.
– É verdade (proibição ao NETFLU). Foi uma determinação que chegou para a gente e não sei te dizer o motivo. Só chegou o comunicado e pedi para o Benjamin (assessor de imprensa do departamento de futebol) repassar. Ainda não tive nem tempo nem de saber o porquê. Só tenho essa informação no momento.
Ao ser questionado se a decisão foi do presidente Peter Siemsen, o profissional de comunicação não soube responder:
– Não sei de quem é a decisão. Ela veio de cima e pediram para comunicar. Não sei quem tomou essa posição.
O clube justificou a decisão 38 dias depois reafirmando a censura.
Vale lembrar que o repórter do portal, Paulo Brito, setorista do NETFLU, é formado em comunicação social, com habilitação em jornalismo, possui registro profissional em carteira e, ainda, é filiado a ACERJ (Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro). O caso foi repercutido por diversas rádios, pelo jornal O Globo e, ainda, através do Uol Esportes, bem como altamente disseminado, com repúdio, por profissionais de comunicação nas redes sociais e mídia segmentada do clube. Jornalistas como João Marcelo Garcez, Roberto Sander, Caio Barbosa, Lucas Machado, Nina Lessa e Victorino Chermont lamentaram a decisão arbitrária da diretoria do Fluminense, assim como o ex-atacante do clube, Washington, tricampeão brasileiro pelo clube em 2010. Os candidatos à presidência do Fluminense também criticaram veementemente a medida, exceto Pedro Abad, da Flusócio, que destacou que “ninguém faz nada à toa”.