Uma das grandes curiosidades da torcida tricolor foi sanada pelo presidente do Conselho Fiscal e candidato ao mandato do Flu, pelos próximos três anos, Pedro Abad. Em sabatina realizada na capital paulista, ele respondeu a uma dúvida de um torcedor, explicando com detalhes o funcionamento do Scout e como um nome de atleta é definido pelo departamento.

–  O que é scout? às vezes as pessoas não têm noção do trabalho. O trabalho deles é a observação técnica de um atleta de uma gama x de campeonatos e vai, dentro daqueles campeonatos, fazendo um trabalho de análise, mostrando quais são os jogadores de cada posição, para cada campeonato. Vê também a situação contratual, estimativa de custos. Nosso profissional de scout apresenta um livro desse tamaho (fazendo gesto com as mãos esticadas, para simbolizar algo grande), mostrando cinco opções por posição. Por exemplo, pega a Série C. Separa lateral-esquerdo, tem jogador A, B. C, D e E e faz isso para cada um dos campeonatos. Muitas vezes o que o scout indica como melhor opção, nem sempre encaixa no orçamento do Fluminense. Até porque esse trabalho não é exclusivo do Fluminense. O Richarlison por exemplo foi considerado o melhor atleta da observação do ano passado. Foi bem feito? Foi, tanto que tinha três clubes interessados. Quanto a gente acha que ele pode valer daqui a dois anos? Isso é o que eu chamo de aposta de time grande. Se o Richarlison vai dar todo aquele retorno, é uma incógnita. Pode acabar o jogo, pegar o carro dele , ir pra casa, bater e morrer. Eu acho bom (investimento). Pode ser tudo aquilo, pode não ser, o que vai dizer é o futebol.

 
 
 

Há cerca de um mês, o portal número 1 da torcida tricolor entrou em contato com o responsável pelo scout, Ricardo Corrêa, no intuito de explicar ao torcedor o funcionamento do departamento. Na ocasião, o profissional preferiu não dar detalhes, salientando que o sigilo seria fundamental para a sua função.

– Desde que cheguei em 2009, havia um consenso de que seria um trabalho sigiloso. Tem que ver com o Jorge Macedo a possibilidade de uma conversa comigo. Não era, aliás, nem pra você (repórter do NETFLU) ter o meu telefone. Se ele (o diretor de futebol Jorge Macedo) autorizar, eu não teria problemas em conversar contigo – explicou.