Uma tarde para tentar devolver o Fluminense aos trilhos rumo às posições da ponta da tabela do Brasileirão. Como adversário, um Botafogo sem estrelas, mas com um retrospecto recente favorável diante do Time de Guerreiros. O técnico Levir Culpi apostou na volta de Richalison ao time, sacando Osvaldo. Ofensivamente falando, quem deu as cartas, porém, foi Scarpa, na etapa inicial, assim como Cícero. No tempo complementar, Flu foi recompensado, perdeu chances, mas Fred deixou o dele, dando números finais ao jogo: 1 a 0.
O Fluminense mostrou a que veio logo no primeiro minuto de jogo. Gustavo Scarpa cruzou da esquerda e Cícero cabeceou por cima do gol de Helton Leite! Se tivesse um pouco mais de tranquilidade teria aberto o placar. Animado, o duelo foi intenso nos minutos seguintes, mas em grandes perigos para ambas as metas. Scarpa, como sempre, ditava o ritmo do Tricolor, fosse nas cobranças de falta, ocupando espaços ou com passem em profundidade.
A segunda chance para tirar o zero do placar veio com o meia, aliás. Scarpa, de fora da área, bateu colocado, e Helton Leite espalmou. No rebote, a bola passou muito perto de Fred, que não conseguiu alcançar. Com 25 minutos jogados, outro gol perdido incrível: Novamente Scarpa iniciou a jogada, lançou na área para Cícero, que se joga para finalizar, frente a frente com o goleiro. A bola passa por cima do gol. Henrique, aos 34, subiu mais do que todo mundo e mandou pra fora. Era impressionante a quantidade desperdiçada de gols e, ao mesmo tempo, o fato de praticamente todas elas terem sido criadas por Scarpa.
Cícero ainda perderia mais duas oportunidades incríveis, após passe de Fred e, também, depois de passe de Douglas, que havia entrado no lugar de Pierre, contundido. Na etapa complementar, pouca diferença. Flu continuava ditando o ritmo no “Clássico Vovô”. Aos cinco minutos, finalmente, veio a recompensa. Após Douglas pressionar a saída de bola do adversário, a bola sobrou para Fred que, sem desespero, deslocou o goleiro e mandou para o fundo do barbante.
A partir do gol, os comandados de Levir Culpi adotaram uma postura mais resguardando, apostando nos contra-ataques. Cheio de saúde, Richarlison criava e, concomitantemente, perdia bolas de bobeira. Marcos Junior foi para campo em seu lugar. Além dele, Giovanni teve de deixar o campo, para Airton. Tivesse mais capricho, o Time de Guerreiros poderia sair com um resultado ainda melhor. Não foi assim, mas valeu pelos três pontos, ficando a um do líder da competição, o Santa Cruz, que soma oito.