Uma sucessão de problemas e falhas técnicas e de planejamento. A Dryworld chegou ao Fluminense com a promessa de mudar o patamar do clube no que diz respeito às questões de entrega de material e recompensa financeira por fornecimento esportivo. Nova no mercado, porém, a empresa canadense não vem cumprindo, adequadamente, com o que prometeu. Gerando algumas situações bizarras, como a utilização, por parte da comissão técnica, de uniformes do antigo parceiro nas categorias de base e comissão técnica, os atrasos da Dryworld são tratados com desconforto nos bastidores das Laranjeiras.
Mas não para por aí. Curiosamente, mesmo com origem na América do Norte, a qualidade do material dos casacos é um ponto que pode vir a desagradar os torcedores de regiões mais frias, como Petrópolis, Nova Friburgo ou sul do país. Isso porque o aquecimento, para quem já teve a oportunidade de fazer um “test drive”, é quase nulo. Não bastasse isso, encontrar o material para o público feminino é tarefa ainda mais árdua.
Diante de todo esse contexto, o NETFLU entrou em contato com o ex-gerente comercial, Marcelo Sá, responsável pela entrada da Dryworld nas Laranjeiras. Questionado sobre os problemas iniciais da empresa, o profissional preferiu não polemizar, mas reconheceu que, embora o torcedor tenha sido pego de surpresa, o clube já imaginava que poderia passar por todos estes percalços.
– Pra mim é muito difícil falar sobre a situação de duas instituições que eu não faço parte, como Fluminense (anunciou sua saída, oficialmente, no último dia 13 de maio) e Dryworld. Da minha época, quando eu estava no Fluminense, sabia que era uma empresa se estabelecendo no Brasil. Muita gente está falando que a gente não estava preparado, mas é o contrário. Pesquisamos bastante, tomamos conhecimento do planejamento estratégico deles. Fizeram o que prometeram, adquirindo fábricas, com projeto de expansão e isso nos deu tranquilidade para ter uma parceria. O que falta, talvez, é o conhecimento do processo de construção de material de um clube profissional de futebol. A demanda da torcida, que estava reprimida, por conta da falta de material no mercado da patrocinadora anterior também é um fator importante. Sabíamos que demandaria tempo para alcançar a sua plenitude. Não se aprova um material em janeiro, como foi feito pelo Fluminense, e se coloca em 40 dias no mercado. Ele demora cerca de seis meses para colocar no mercado e fizeram isso com três – afirmou, com exclusividade ao portal número 1 da torcida tricolor.
Vale destacar que os problemas da empresa no país não são um privilégio apenas o Time de Guerreiros. Outro grande parceiro dos canadenses, o Atlético-MG, embora já tenha a sua loja oficial e outros incentivos da Dryworld, também passa por enormes problemas na distribuição do material.