A edição do jornal O Globo desta segunda-feira publica que as eleições no Fluminense, marcadas para novembro, podem parar na Justiça. Concorrentes ao pleito acreditam que isto passa pela possível mudança estatuária do clube, que aconteceria para beneficiar o vice de projetos especiais, Pedro Antônio, que cogita se lançar candidato, mas não é sócio do tricolor há cinco anos, mínimo exigido para elegibilidade.

– Há o risco de judicializar a eleição, de levar a discussão de dentro do clube para os tribunais. Nem precisa esperar pelo resultado da eleição. A partir do momento que seja convocada a votação da alteração em Assembleia Geral, qualquer um pode ajuizar ação — disse o advogado e candidato pela chapa Flu 2050 Carlos Eduardo Cardoso, o Cacá, ex-vice jurídico do Fluminense.

 
 
 

O também advogado Pedro Trengrouse, de 36 anos, da chapa Verdade Tricolor, afirma que mudar o estatuto agora é complicar a eleição:

– Qualquer caminho que se tome pode acaber em uma controvérsia jurídica. O clube não pode ser personalista e casuísta. Pedro Antônio é candidato e o que torna a mudança de estatuto polêmica é isso. Eu acho que tem que mudar vários pontos estatutários, mas com responsabilidade.

Candidato da Flusócio, Pedro Abad, atual presidente do Conselho Fiscal do Fluminense, também tem pensamento parecido.

– Risco de judicializar o pleito existe, sim. Mudar o estatuto em questões ligadas às eleições de novembro de 2016 não é adequado. Faltam menos de seis meses. Uma alteração só serve para mudar algo de interesse do clube por muito tempo.

Celso Barros, presidente da ex-patrocinadora tricolor, garante que vai lançar oficialmente sua candidatura no segundo semestre. Ele lembra o trunfo de Pedro Antônio: o centro de treinamento.

– Acho que mudar em cima da eleição não faz sentido. O Pedro Antônio está recebendo para construir o CT. Não é amor. Mudar agora, com três minutos para o acabar o jogo, não é legal, não – disse Celso.