No Atlético-MG, Levir Culpi “bateu de frente” com Ronaldinho Gaúcho e Diego Tardelli. No Fluminense, com Fred. O técnico, porém, afirma não ser algo premeditado. Ele explica as razões que levam a encarar os fatos e jogadores, até então, intocáveis.

– Concordo (que é um técnico que bate de frente com as estrelas), porque aconteceu. Mas foi uma coisa muito natural. Por exemplo, você faz uma substituição, aí o cara sai, vai para perto do banco e dá um chute no microfone, o que você acha que vai acontecer? Vai ficar por isso mesmo? O técnico não vai tomar providência nenhuma? O jogador fica sem treinar de segunda até sexta-feira, e aí quer treinar no sábado e jogar no domingo. Eu falo que não. Aí ele pede para ir embora. Quer dizer… para mim isso é muito natural. Se ele quiser ir embora, ele vai embora. Mas não vai jogar. Não é assim. Mas é um ídolo… mas existe um processo para jogar, existe um respeito. Se tiver que bater de frente… é uma obrigação do técnico. Como que vai passar ordem para um jogador se ele fica sem treinar e quer jogar no fim de semana? Os outros podem não falar nada, mas você passa a perder o comando a partir daí. Os ídolos que têm que dar exemplo. E a maneira não é essa. A maneira é treinar desde segunda e jogar domingo. Eu vejo dessa maneira. É simples – declarou.