Fred não sabe o que é marcar um gol há dez partidas, seu maior jejum desde que chegou ao Fluminense. Não é uma exclusividade do capitão, claro. Ex-tricolor, Washington viveu situação parecida em 2010. Na reta final, os gols cessaram e teve que saber lidar com os 15 jogos sem balançar rede.
– O nervosismo, querer fazer logo, só atrapalha. O grande inimigo é a ansiedade. Não tem como evitá-la. Fisicamente você está bem, mas o psicológico ataca e te deixa nervoso – explicou o Coração Valente.
Ex-Botafogo e Fluminense, Túlio Maravilha também teve de conviver com um períodosem gols. Em 2008, quando buscava o milésimo gol, segundo suas contas, o centroavante procurou uma sessão de descarrego na igreja para dar fim à série de quatro jogos sem marcar pelo Vila Nova-GO.
– Tem que se apegar a Deus para evitar inveja, mau olhado… Porque essas coisas existem. Se perder a confiança, as coisas ficam mais difíceis. O atacante se pergunta: “Será que volto a marcar?”. No Goiás, em 1991, fiquei seis jogos sem fazer gol. Isso dá uns dois meses. A pressão era muito grande. Mas tive o Zé Mário (técnico) como um grande aliado. Ele me bancou no time. E isso me deu mais confiança – relembrou.
A torcida é para que o jejum de gols termine nesta quarta-feira. Fred terá nova oportunidade, contra a Ferroviária e, quem sabe, ajudar o Fluminense a evitar o jogo da volta pela segunda fase da Copa do Brasil.