Através de seu perfil no Facebook, Fred resolveu iniciar uma espécie de série com mensagens de carinho que recebeu nos últimos dias dos torcedores do Fluminense. Fãs do atacante, temeram pela saída dele do Tricolor e fizeram apelo. O primeiro é do torcedor Matheus Lobo, do Rio de Janeiro, Confira:
Assunto: De torcedor para ídolo – Carta ao Fred.
Meu nome é Matheus Lobo, tenho 19 anos, do Rio e sou tricolor desde os 7 anos. Você, Fred, é meu grande ídolo. Por isso resolvi lhe escrever esta carta.
A primeira vez que eu fui ao Maracanã, levado por meu pai, foi em 2004. Ali me tornei, definitivamente, tricolor. O Fluminense se transformou no grande amor da minha vida e o Maracanã, a minha segunda casa.
Até 2009, vi muitos medalhões passarem pelo Fluminense, todos bancados pela poderosa patrocinadora, Unimed. Tudo mudou no dia 07 de março daquele ano. “O Fred cheGOL.” Sim, chegou apenas como mais um medalhão, mas rapidamente se transformou em muito mais do que isso.
A parti dali, eu comecei a entender o valor e o significado de um verdadeiro ídolo. E foi graças à você. Por tudo que você fez pelo clube e seus torcedores, dentro e fora dos gramados.
Como esquecer da arrancada de 2009 comandada por você?
Como esquecer do título de 2010? Onde você, mesmo não tendo sido protagonista por conta das lesões, foi fundamental. Lembro-me quando um jornalista, maldosamente, questionou Conca se este não achava injusto você levantar a taça na premiação, já que ele quem havia envergado a braçadeira por quase todo o campeonato. Ele, prontamente, respondeu: “O Fred sempre foi o nosso capitão.” Sim, Frederico. Você sempre foi e sempre vai ser o nosso Capitão.
Como esquecer a classificação épica na Libertadores em 2011, com dois gols decisivos seus? Fora de casa, na Argentina, com direito a pancadaria. Guerreiros.
E como esquecer da arrancada neste mesmo ano de 2011, quase nos rendendo mais um Brasileiro?
Como esquecer de 2012? Dispensa comentários.
Como esquecer de 2013? Quando você fez um Maracanã inteiro recheado de rivais cantar “O Fred vai te pegar!”, naquele 3 a 0 contra a Espanha, com 2 gols seus. E, quando fomos rebaixados, você chorando feito um genuíno torcedor e garantindo que ficava para jogar a Série B no ano seguinte. Como esquecer disso?
Como esquecer de 2014? Quando após a INJUSTIÇA que cometeram com você na Copa, nossa torcida te abraçou e foi buscá-lo em casa. E, no final de tudo, você ainda foi o artilheiro do Brasileiro, mais uma vez.
Como esquecer de 2015? Quando a Unimed saiu e todos gritaram aos sete ventos que o Fluminense acabaria. Mas você ficou. Ficou pelo clube, pela torcida.
Como esquecer quando você chorou no primeiro gol do Scarpa?
Como esquecer quando você, mesmo lesionado, viajou à Curitiba e praticamente foi o treinador do time naquele jogo?
Como esquecer de você jogando apenas com uma perna contra o Palmeiras? Lutando em campo tal qual um torcedor, chorando como eu e outros milhares na hora do gol.
Como esquecer das diversas vezes que você foi solidário com torcedores especiais? Na maioria das vezes, crianças. Você sempre foi um exemplo.
Cara, é MUITA história. Não são 7 semanas e nem 7 meses. São 7 ANOS. Você, para mim e para muitos, é o maior ídolo da história do Fluminense Football Club.
Por tudo isso que eu acabei de citar e muito mais coisas que não caberiam aqui, você é o meu ídolo. E, se você deixar o clube, eu e outros milhares de tricolores ficaremos absolutamente entristecidos.
Por favor, não vá até as últimas consequências. Fique. Por toda a história que você CONSTRUIU dentro desse clube. É uma história muito longa e bonita para terminar desse jeito. Não é o final que ela merece.
Eu não sei se você vai chegar a ler esta carta, mas espero que sim. E espero mais ainda que permaneça nas Laranjeiras, para a nossa felicidade.
Nós contamos com você, Fred. Nós contamos com o nosso Capitão.
Enfim, é isso.
Um forte abraço e saudações tricolores!