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Por Leandro Dias

 
 
 

O Fluminense não apresentou um grande futebol, mas uma organização jamais vista no ano. Foi mais time do que o Flamengo, teve pênalti a seu favor não marcado, mas lhe faltou tranquilidade no passe final. O inusitado clássico do Pacaembu terminou em 0 a 0.

Casa cheia, gramado de qualidade e arquirrival pela frente. Motivação não faltou para o Fluminense apresentar, enfim, um bom futebol em 2016. Os primeiro tempo até foi, de certa forma interessante, com muito mais posse de bola tricolor. Não seria exagero dizer, inclusive, que o Flu teve o domínio dos 45 minutos iniciais.

Mas até pela escalação de seu meio-campo, faltava profundidade ao time de Laranjeiras. O Fluminense demorava muito a definir as jogadas. Enquanto o Flamengo precisava de três ou quatro toques para chegar à meta de Diego Cavalieri, o Tricolor, no mínimo, o dobro, ou o triplo disso.

Para sorte do Flu, o Fla errava muito. Mas muito mesmo! No entanto, Tricolor só ameaçava mesmo em passes na diagonal, aproveitando que a defesa rival jogava em linha. Chance clara de gol apenas em bola parada, com Cícero, após cobrança de escanteio de Gustavo Scarpa.

É bem verdade que a história do clássico poderia ser diferente, pois Fred teve a camisa puxada por Juan dentro da área, em lance, inicialmente, ignorado pela transmissão aberta da partida e arbitragem. Também verdade que foi Cavalieri, e não Paulo Vitor, que trabalhou, ao defender chute de Wallace depois de uma pixotada de Wellington Silva dentro da área.

Necessitava ao Fluminense aquele jogador de velocidade para abrir a marcação, receber um lançamento dos bons meias que Levir Culpi lançara.

No segundo tempo, logo aos três minutos, Gustavo Scarpa perdera grande oportunidade, Gerson minutos depois, outra, ao passar para o próprio Scarpa. E o decorrer do jogo foi o inverso da primeira etapa.

O Fla foi quem apresentou lentidão com a bola nos pés e o Flu, com mais velocidade, moldado para o contra-ataque. Isto ocorreu especialmente quando Levir, de forma inteligente, trocou os técnicos, mas pesados Diego Souza e Fred e pôs os leves e velozes Osvaldo e Marcos Júnior.

O Rubro-Negro teve mais a bola, mas esbarrou no bem armado sistema defensivo tricolor. O Fluminense, entretanto, não conseguiu aproveitar os contra-ataques. Pecava no último passe, aquele que deixaria o companheiro na cara do gol. O que fica é a notória evolução do Flu como um time e a lamentação por um pênalti não marcado.

O Fluminense jogou com: Diego Cavalieri; Jonathan, Gum, Henrique e Wellington Silva; Pierre, Cícero, Diego Souza (Marcos Júnior), Gerson, Gustavo Scarpa (Magno Alves); Fred (Osvaldo)


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