Peter Siemsen diz que clubes deveriam ser empresas para poderem se unir
Peter Siemsen diz que clubes deveriam ser empresas para poderem se unir

Jurídico e economicamente, o futebol brasileiro não evoluiu. A avaliação é de Peter Siemsen. O presidente do Fluminense comentou os principais males do esporte no país e o que poderia tornar os clubes auto-sustentáveis a longo prazo.

– Se olhar o futebol brasileiro como um todo, vivemos hoje uma grande dificuldade. O Brasil não conseguiu se organizar em questão de segurança jurídica e econômica. No futebol é a mesma coisa. O futebol poderia se descolar do país como algumas áreas, como o agrobusiness, por exemplo, que cresce independentemente de qualquer coisa. A conjuntura não depende só do que você constroi. Mas se você pensa em longo prazo e com segurança jurídica para investimento, as turbulências atingem o mercado do Brasil de maneira mais suave e isso é melhor. O futebol brasileiro poderia ter avançado nisso. Poderia ter avançado na gestão. Ter SA já traria uma cabeça diferente para a discussão das mudanças que precisam ser feitas no futebol brasileiro. Alguma coisas já avançou em relação à década de 1990, por exemplo. Ter uma competição de longo prazo dá uma segurança. Agora, a questão do fair play financeiro, é legal. Mas não se aproveitou o que poderia ser bom. Investimento no ativo. Só se deu em direito econômico de jogador. Perdeu-se grandes oportunidades com capital estrangeiro em futebol no Brasil. O futebol precisa mudar muito. Os jogadores ainda são valorizados. A cada janela, saem por preços altos. Só falta inverter um pouco o fluxo. O foco para mim, principal, é SA de futebol e calendário – declarou Peter.


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