Mesmo tendo votado no Coronel Nunes para a vice-presidência e, consequentemente, colaborando com sua ascensão ao posto mais alto da CBF, Peter Siemsen não está satisfeito com a forma de condução na entidade que regula o futebol brasileiro. Já prevendo uma futura eleição, o presidente do Fluminense afirma ainda não ter candidato, mas defende mudanças.
– O Fluminense está em reconstrução e, neste momento, não pretendo entrar em questão de possíveis brigas. Eu sou a favor de uma eleição nova na CBF. A regra de idade é um absurdo. Coronel Nunes ou não, não mudaria nada. Se não é ele e assume o presidente da Federação de Santa Catarina (Delfim Peixoto), que está há 35 anos no poder e não apresentou nada novo, que me faça acreditar como mudança. Por isso, preferi não mudar uma organização interna. Na questão interna, a CBF vem evoluindo. Sistema de transferência que era problemático antes, hoje evoluiu. Muitas coisas internas lá estão indo bem. O que funciona mal hoje é a parte política. Tem coisas que ela não abraça e eu acho que deveria, como a questão da SA, do campeonato organizado pelos clubes. O André Sanchez (possível candidato) é um bom nome, mas tenho de conversar com as pessoas, conhecer projetos. É bom o debate. Aí faço até um paralelo ao Fluminense, que era muito fechado quando assumi. Era um colégio eleitoral com 4 mil pessoas. Hoje o sócio-futebol vota. Hoje um candidato precisa apresentar projetos e será cobrado na frente. Uma mudança na CBF para mais do mesmo, sou contra – explicou.