Nobres tricolores,
a frase inicial da bela canção do tricolor Ivan Lins permeia o sentimento dos torcedores do Fluminense. Se há quase um mês, “habemus” técnico, podemos dizer, hoje, sem medo de errar, que “habemus” time.
Ainda não empolga. Não enche os olhos, tampouco faz suspirar. Mas transpira. Corre. Disputa a bola e, claro, amigos, joga. Organizado, consciente do que quer. Temos time porque temos técnico ou temos técnico, logo temos time? A matemática, que causa repulsão ao blogueiro, se faz presente: a ordem desses fatores não altera o produto.
Não vejo a imprensa colocando a culpa das más atuações da defesa no Henrique, Pierre mais deitado do que em pé, Gerson, isolado, perdido, depressivo aberto na ponta direita, nem Scarpa na mesma do outro lado. Até aqui, um Flu ordenado e progressivo.
O meio termo para treinadores, geralmente, não é lá muito confiável. Ou sabe ou não sabe. O Fluminense jogou no ralo dois anos de sua história com meros assistentes técnicos. O sujeito com o poder da assinatura demorou 27 meses para entender que não adianta levar um tênis bonito e barato se o número é 40 e você calça 42.
Sem Unimed, Peter deu carta branca para o então vice de futebol insistir numa filosofia que nos levou para o buraco no nada longínquo anos 90. Cristóvão no comando, Rhayner no ataque, Drubscky chamando Lucas Gomes no canto para passar instrução e Enderson “bancando” Marcos Júnior de meia centralizado.
Não deu certo uma vez, tentaram uma segunda, terceira, quarta!!! Imagine você repetir de ano quatro vezes consecutivas. Revolução domiciliar!
De volta ao presente, sabem o que o mais me importa depois de cada bom jogo do Fluminense? É o treinador, a figura representativa da equipe, na coletiva dizer que ainda não está satisfeito. Fred pediu para sair, Levir? “Eu que pedi para ele sair”. Mais sintomático impossível.
Essa resposta e o “dinheiro” eram tudo o que o clube e seus caciques precisavam. Choque de realidade, de sinceridade, honestidade. Não é falsa modéstia entender que o time apresenta um futebol ainda longe daquilo que se quer. Falamos de Fluminense, cinco vezes campeão nacional, berço do futebol carioca e brasileiro. Não era preciso estar para entender a grandeza desse clube. Basta ser. Levir o é.
Fico por aqui. Escrever mais do que esses nove parágrafos seria uma injustiça, com aqueles que ainda esperam um Fluminense definitivamente forte, e uma precipitação com aquele que dirige.
– Sempre que há mexidas, o Flu cai. Elenco fraco. Contratar em quantidade e qualidade.
– Douglas será titular brevemente. Força física, técnica e visão de jogo
– Scarpa tem sido aquilo que sempre imaginei: um ótimo coadjuvante
– Bom saber que o que se desenha não é mais aquela preocupante Fred-dependência
– O Fluminense tem jogado melhor sem seu capitão
– Mas não caio no erro de que não precisamos dele
– Pode ser a cereja do bolo. Não o bolo.
Confira o programa inaugural da primeira temporada do Marca um 10! aqui. O vice de marketing do Fluminense, Leonardo Lemos, bateu um papo muito legal comigo.
Dia 30 agora, quarta-feira, o segundo programa. Convidado para lá de especial!
Um grande abraço e saudações!
Siga-me no twitter: @LeandroDiasNF