ferjDesde o ano passado, uma briga vem mexendo com o futebol carioca: a Ferj e seus aliados de um lado contra o Fluminense e o Flamengo do outro. Presidente do Sindicato dos Atletas e, atualmente, técnico do Madureira, Alfredo Sampaio comentou acerca do cenário atual e explicou os motivos de ter sido contrário à realização da Primeira Liga.

– Vejo como desportista também. Fui jogador, sou técnico, dirigente… Cresci vendo o futebol como um dos principais aspectos do país e o Estadual era uma das grandes competições do país. O Estadual gera um mercado de trabalho muito grande. Eles querem fazer grandes jogos para lucrar mais. Já tive a oportunidade de falar com esses clubes que não estão falidos por jogar com pequenos, mas foi por más administrações. Particularmente, sou contra. Acho que o Estadual tem uma importância vital na carreira do estado. Fui contra a Liga, pois não surge como um produto bom para o futebol brasileiro. Surge pelo conflito de dirigentes. O presidente do Flamengo não se dá com o presidente da federação e cria uma liga por retaliação. O Petraglia tem problemas com a federação paranaense. O Delfim queria ser presidente da CBF. Fui contra por isso. Por ela ser criada para prejudicar um produto já existente. O que pega no nosso futebol é isso. Muitas pessoas tomam decisões sem pensar na questão esportiva. Pensam em interesses pessoais, política e o lado financeiro apenas. Os clubes arrecadam o suficiente. Se têm dívidas, foram eles mesmos que criaram. Não foram Madureira, Central de Caruaru… O Campeonato Carioca poderia ser melhor mesmo. Era questão de exigir campos melhores, com a questão da TV investindo, os pequenos também em contratações de bons jogadores. Para se manter um produto, tem de se qualificá-lo. O futebol se tornou escada para um monte de coisas, como carreiras políticas… O futebol perde com isso, pois as decisões esportivas ficam em segundo plano – disse.


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