Oficialmente, partes afirmam estar em busca de "reequilíbrio de contrato"
Oficialmente, partes afirmam estar em busca de “reequilíbrio de contrato”

A concessão do Maracanã tem tudo para terminar bem antes dos 35 anos previstos em contrato. A concessionária que detém a administração do estádio – formada pela Odebrecht (com 95% dos ativos) e pela americana AEG – seguem em negociação com o Governo do Estado do Rio de Janeiro para a devolução. Isso porque vem apresentando constantes prejuízos no período em que assumiu a gestão do local.

Em 2013, o déficit foi de R$ 48 milhões. Já em 2014, o prejuízo subiu para R$ 77,2 milhões. Neste ano, a conta tende a fechar novamente no vermelho. O problema é que, também afundado em dívidas, o governo do Rio de Janeiro também não tem a menor intenção de reassumir a gestão do Maracanã.

 
 
 

Fora o Maracanã, a Odebrecht também controla a Arena Pernambuco e metade da Arena Fonte Nova, mas é no Rio de Janeiro onde vem encontrando problemas. Isso em virtude de especificidades no contrato de concessão, no qual fica responsável pelos prejuízos.

Oficialmente, as duas partes afirmam estar procurando um “reequilíbrio de contrato”. O governo admite que precisa rever alguns pontos. No edital de licitação, estava definido que a concessionária poderia construir estacionamentos e lojas nos locais onde ficam o Parque Aquático Júlio Delamare e a escola municipal Arthur Friedenreich. Porém, em virtude da má repercussão, o governador à época, Sérgio Cabral, unilateralmente, impediu as demolições.


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