Um dos grandes destaques da Copa Libertadores de 2011, Alejandro Martinuccio foi desejado por várias equipes, mas o Fluminense levou a melhor. Não rendeu. Emprestado para Villareal (ESP), Cruzeiro e Coritiba, o argentino nunca conseguiu recuperar o bom futebol. Sofreu cirurgia delicada, está há cinco meses sem clube e cogitava encerrar a carreira aos 28 anos.
Teve de pôr hastes metálicas de 900 gramas e pouco mais de 30 centímetros cada nas duas pernas para tratar uma fratura por desgaste nas tíbias. Foram dois anos com muitas dores.
– Sentia muita dor. Chegava em casa e brigava com a minha mulher, com meus filhos. Eram 24 horas com dor. Falo isso e tenho vontade de chorar. É muito difícil, porque muita gente não confia em mim. Todo mundo falava que meu problema era na cabeça. Cheguei a falar para o meu empresário que não queria mais jogar. Eu sabia que se tirasse as hastes, não sentiria mais dor. Quando acabou meu contrato com o Fluminense, bati na porta do Runco. Paguei minha cirurgia. Eu escolhi isso. Tirei e parou de doer – explicou Martinuccio, que espera logo arrumar um novo clube no que considera um recomeço na carreira:
– Cheguei no Uruguai não sendo ninguém. O Aguirre (atualmente técnico do Atlético-MG, na época treinador do Peñarol) conseguiu tirar de mim um potencial que eu próprio ainda não enxergava. Agora não sou ninguém de novo. Mas não estou nem aí com o que falam. Eu quero jogar bola. Hoje não estou procurando dinheiro. Quero jogar. Qualquer um que me der a oportunidade para jogar… Com certeza aceitaria a redução de salário. Eu confio em mim quando treino. Se eu tiver que descer um pouco, vou descer. O primordial é voltar a jogar bola. Eu quero reverter toda essa situação.