Sempre muito cobrado no Fluminense, Gum sente que as críticas em cima dele são muito exageradas. No clube desde 2009, o zagueiro promete não se esconder nunca, mas mostra incômodo pelo fato de qualquer erro ganhar muito mais visibilidade em relação aos acertos.
– No pênalti (contra o Palmeiras, na semifinal da Copa do Brasil), fiquei chateado porque peguei um pouquinho mais embaixo da bola do que eu queria. Ninguém lembrou dos outros três pênaltis que eu fiz. Esse foi o quarto que bati. Fiz contra o Flamengo, Vasco e Botafogo. Contra o Palmeiras, perdi. Pressão sempre vai existir. As pessoas dão mais ênfase ao negativo do que ao positivo. Infelizmente essa é a cultura do Brasil. Sim, eu me sinto injustiçado. Muito. Não só no pênalti, mas em outras coisas. Às vezes a foto do erro que sai é a minha, mas muitas vezes acontecem outros erros que as pessoas não lembram, mas na foto sou eu quem saio. E sempre vou sair, porque nunca vou me esconder. Se algum companheiro errar, vou sempre tentar corrigir. Erros meus vão acontecer também, claro. Mas a nossa foto lá atrás é sempre a que aparece e as pessoas não lembram como a jogada foi construída. Mas precisa ter as costas largas, personalidade e essa disposição de ajudar. Isso me traz paz, tranquilidade e força para continuar trabalhando, ajudando. Tenho o reconhecimento dos companheiros e das pessoas que trabalham comigo, porque eles sabem que podem contar comigo dentro de campo – afirmou.