marioÚltimo colocado do returno do Campeonato Brasileiro com 14 pontos, o Fluminense promete lutar para melhorar sua posição na competição. Mas não para tentar apagar a segunda parte do torneio. Mário Bittencourt minimizou a campanha, lembrando que o Nacional tem 38 rodadas, e aproveitou para se explicar após declarar à Rádio Brasil, em 7 de novembro, que 2015 havia sido um ano positivo.

– Eu acho curiosa essa avaliação de se dividir o campeonato em duas partes para dizer que o Fluminense é o lanterna. Não, o Fluminense não é o lanterna da competição. O lanterna é o Joinville. O Fluminense, realmente, não fez um ano, desportivamente, como gostaríamos que fizesse. Fez um primeiro turno bom e um segundo muito ruim. Mas o campeonato é de pontos corridos, não se tem campeão de turno. Não tem premiação, nem troféu por isso. Hoje ele é o 13º, não o lanterna. Nos aflige o faço de não termos feito o ano que a gente queria fazer. Até aproveito a oportunidade, pois deu uma entrevista longa numa rádio uns 15, 20 dias atrás e falei durante 10 minutos sobre o que foi o ano do Fluminense e no final disse que dentro do que se esperava para o ano de 2015, em razão das dificuldades que tivemos na virada do ano passado para esse, tivemos até um ano positivo, pois disputamos a semifinal do Carioca e da Copa do Brasil, saindo, injustamente, com dois pênaltis que não existiram. E aí, alguns colegas de vocês, que não vou citar o nome, resolveram pegar só o final da minha frase depois de dez minutos falando sobre tudo o que sofremos e criaram um movimento de que teria dito que o ano do Fluminense foi positivo. Fui extremamente atacado, inclusive por pessoas dizendo que eu não sabia ou não tinha noção do tamanho do Fluminense, pois está em 13º e essa posição não condiz com o tamanho do clube. Eu sei muito bem o tamanho que o Fluminense tem, pois antes de ser vice de futebol e advogado do clube, sou torcedor, escolhi ser torcedor pelo tamanho que ele tem – argumentou Mário, que completou:

 
 
 

– Tivemos um ano de enormes dificuldades. Vocês vão se lembrar que em 15 de dezembro mais ou menos fomos notificados pelo nosso antigo patrocinador da saída dele de maneira abrupta. Do dia 15 de dezembro até 6 de janeiro, quando começava a pré-temporada, com Natal e Ano Novo no meio, tive oito dias úteis para montar o elenco, que perdeu, no mínimo, 12 jogadores por término de contrato, entre eles vários campeões brasileiros de 2012. Buscamos apostas e meu discurso foi igual o ano inteiro, que montaríamos um elenco dividido em três: jogadores que ficaram, mesmo sem o patrocinador, apostas e os da base. Depois do Carioca, que entendemos que não foi bom, reforçamos para a disputa do Brasileiro, ter um time mais encorpado. Fizemos algumas contratações e não vamos discutir se deram certo ou errado, mas tentamos fazer com que o Fluminense tivesse um pouco mais de força na competição. Tivemos o mesmo número de vitórias que o Sport, mas eles conseguiram 14 empates e nós, cinco. Faltou, ao longo de uma parte da competição um pouco de maturidade, experiência ao nosso time. Se tivéssemos empatados mais uns quatro ou cinco jogos, estaríamos falando, talvez, de briga pelo G4. Não justifica no Brasileiro ruim, mas existe um motivo. A quantidade enorme de derrotas que tivemos fez com que não brigássemos na parte de cima, mas a boa quantidade de vitórias que tivemos, 14, fez com que não tivéssemos sufoco na parte de baixo. Não brigamos em nenhum momento contra o rebaixamento e preparamos uma excelente base para 2016. Esperamos que a gente possa vencer o Figueirense e terminar o ano com digninidade.


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