Considerado uma das maiores revelações da base do Fluminense na última década, Toró convive com ostracismo no Oriente. O volante, que era meia de armação no clube carioca, joga pelo desconhecido Sagamihara, da terceira divisão do futebol japonês.
– Eu estava há seis meses sem jogar depois do Bahia e fui levado ao Japão por um grupo de investidores para jogar no Yokohama Marinos (da primeira divisão). Mas eu cheguei e percebi que não estava bem. Eu não queria bater no Japão e voltar. Então, um desses investidores me ofereceu o clube que ele era presidente para eu me readaptar ao futebol. Não é nenhum luxo jogar na terceira divisão do Japão. Mas eu sabia que estava dando passos para trás para dar um salto para frente no futuro – explicou o jogador, hoje com 29 anos.
Toró não se sente desprestigiado por estar numa divisão inferior do Japão, após passagens por Flu, Flamengo e Atlético-MG.
– Amadureci demais neste ano e meio que estou aqui. Esqueci o Toró menino, que achava que tudo tinha que acontecer naquele momento que ele queria. Aqui, tenho de ser mais paciente. Sou eu que tenho que puxar o grupo dos jogadores. O clube onde estou tem suas dificuldades. Por exemplo, eu preciso pagar uma fisioterapeuta por fora para fazer uma boa fisioterapia. Aqui também não tem essa de carrão, da ostentação que você vê no Brasil. O japonês é simples, não se mete na vida dos outros e anda de metrô. Não faz diferença se é rico ou pobre.