A CPI do Futebol está em andamento e, investigado, o presidente da CBF Marco Polo Del Nero já se antecipou e, através de três advogados, entrou com pedido de habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF). Se concedido, o cartola, além de impedir a prisão, também garantirá o direito de ficar calado caso seja convocado a depor na CPI.
Responsável por ceder ou não o habeas corpus, o ministro do STF Gilmar Mendes não julgou o pedido por não considerar o caso como sendo de urgência.
– Levando em conta não haver qualquer elemento que traga a certeza da convocação (para depor), tampouco da realização da indigitada solenidade na data referida pelos impetrantes, é inviável a análise, neste momento, do pleito de urgência – declarou o ministro, adiando sua decisão porque Del Nero ainda não foi chamado para falar na CPI do Futebol.
Del Nero é suspento de ser o “co-conspirador número 12” de uma investigação feita pela Justiça dos Estados Unidos. Por isso, não vem deixando o país desde maio, quando viu da Suíça seu antecessor, José Maria Marin, ser preso por corrupção. De lá para cá, faltou em nove compromissos da seleção brasileira em que, supostamente, deveria estar.
No dia 18 de novembro, a CPI do Futebol avaliará a quebra de sigilo fiscal e bancário de Nel Nero e seus dois antecessores na CBF, José Maria Marin e Ricardo Teixeira.
O senador Romário, na última quarta-feira, conseguiu assinaturas suficientes para garantir mais seis meses de investigação na CPI, já que a “bancada da bola” do Congresso tentou encerrar as investigações ainda neste ano.