A PM de São Paulo negou ter sido negligente no caso que culminou com a morte do torcedor do Fluminense Flavio Mendes, de 51 anos, após passar mal no Allianz Parque na última quarta. Porém, quem estava presente ao local, teve uma visão totalmente diferente. Também torcedor tricolor, Daniel da Anunciação, de 36 anos, relatou demora no atendimento ao falecido e até ironias dos funcionários presentes ao local.
– Ele começou a passar mal logo no final da disputa de pênaltis. Quando percebemos, ele já estava sentado, de cabeça baixa, e foi aí que começou o desespero. Nesse momento, a PM já barrava a saída dos torcedores. Então começamos a pedir ajuda. Fizeram respiração boca a boca e massagem cardíaca, e a polícia não se movimentava. Pior que isso, ironizavam a situação, dizendo que não eram médicos e que era para nós ficarmos quietos – disse.
– Com muito custo apareceram os bombeiros civis, mas que não faziam ideia de como proceder e nem sequer tinham uma maca em mãos. Foi então que acharam um médico no meio da torcida do Fluminense, que prestou socorro. Houve omissão, principalmente por parte da PM e dos funcionários, que nem se mexiam – completou.